Sabe aquele cabelinho escroto do Neymar?

Sabe? Não sei se você acha aquele cabelinho bonito, mas eu, particularmente, acho terrivelmente feio. É uma tentativa de MOAICANO, como é típico dos punks usarem, mas feito com gel e num cabeleireiro e tal. Os punks originalmente usavam o cabelo dos nativos (não gosto muito do termo índio, prefiro NATIVO) dos povos moicanos, iroqueses e cherokees que historicamente preferiam morrer a ter de servir os dominadores europeus, simbolizando a sua luta contra o sistema de governo que quer impor todo tipo de controle à liberdade do povo. Já o Neymar, imagino q tenha cochilado com gel no cabelo, e quando despertou de seu sono de beleza, atrasado para o treino, levantou e foi… voilà, o cabelo do Neymar estava feito, é apenas uma teoria minha.

Para os punks, o cabelo tinha um significado, e mesmo que com o tempo, este significa tenha se perdido, e mesmo q você não concorde ou até repudie completamente os ideais do movimento anarco-o-punk, teremos q concordar q o motivo de um punk copiar outro não era estético, mas ideológico.

Eu também copio meus ídolos, de maneira geral, busco ler quem eles leram, busco usar um discurso parecido, tento me parecer com eles. Na política, na igreja e no mundo acadêmico, eu tento imitar meus “ídolos”, mas não me tornar uma réplica ridícula deles, mas usar o potencial que tenho somado à experiência deles, para fazer com que nossos objetivos (os deles e os meus) sejam alcançados numa sinergia, mesmo q eles muitas vezes nem saibam quem eu sou.

A igreja é assim também – você já deve ter percebido onde eu quero chegar – quando tenta convencer por palavras, que um cidadão de uma religião qualquer a aceitar a nossa pratica religiosa… Geralmente, não se busca uma transformação IDEOLOGICA em q se converta à causa cristã, mas que simplesmente comece a imitar os outros crentes. Antes de qualquer comentário segue uma advertência: Não estou desconsiderando aqui a ação do Espírito Santo de Deus (como alguns afobados aMIMIMIgos gostariam de insinuar) mas pensando em termos de PRATICA EVANGELISTICA, referencio-me não a limitar o discurso de evangelismo a apenas copiar pratica da tradição evangélica, o que, perdoem-me, está deixando muito a desejar, e prefere gerar um povo q apenas imita esteticamente os referenciais lideres eclesiásticos, a desafiar o candidato a cristão a uma levar, a partir desta decisão, uma vida que se justifique pura e exclusivamente em valores cristãos como justiça, amor, humildade, etc, e não a se tornar uma cópia da cópia  da cópia como costumeiramente observamos em qualquer canal de tv nos programas das igrejas onde cada apresentador (me perdoem, podem ser qualquer coisa, menos pastores) repete gesto, tom de voz, trejeitos de seus referenciais.

Este texto é a tentativa de propor um processo evangelístico que possa agredir menos a individualidade de cada candidato a cristão e conscientizá-los de que o diferencial entre CRISTÃO e NÃO-CRISTÃO não são roupas, jeito de falar e outras coisas superficialmente plásticas, mas que converter-se, trata-se de rearranjar sua vida, e passar a tomar todas as suas atitudes a partir de uma cosmovisão q tenha a bíblia e o discurso cristão – Não o discurso meramente dos valores que beneficiam os evangélicos, num corporativismo crente – aquele discurso de Mc 3, 1-6, onde Jesus desafia  os especialistas da lei, replicadores de peso sem qualquer visão importância para a vida, e com indignação e tristeza rompeu a regra da lei para substituí-la pela regra da vida. Esse é o Cristo ao qual me converti, indignado e triste com a falta de amor.

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