Diácono, Presbítero, Bispo. alem, é claro, do quinteto maravilha Apostolo, Profeta, Evangelista, Mestre e Pastor… Há, sem contar, é claro, no ministro de música, ministro de dança, líder disso, coordenador daquilo, e a lista é muito longa, eu vou ficando por aqui, pois nosso assunto é mais produtivo q uma reles lista de títulos q não transformam ninguém em nada!
Entretanto, observando essa vasta galeria de títulos, começo a compreender o sentimento de ganancia q os novos convertidos vindos “do mundo” as vezes carregam para dentro das agremiações religiosas. Da mesma maneira q na empresa onde vc trabalha existe vários cargos q não representam nada mais q uma maneira de te motivar a ser mais fiel a empresa, por ostentar agora o TITULO de qualquer coisa, a igreja (a instituição) da mesma forma tomou esse formato, fazendo com q algumas pessoas sejam colocadas antes das outras, simplesmente por ter um titulo q não lhes confere absolutamente nenhuma maior santidade ou senso de compaixão, oq seria, no meu entender os diferenciais de vida cristã
Pode parecer papo de anarquista (e em certa forma é sim, mas não da maneira q vc está pensando), e mesmo tendo uma visão muito positiva do anarquismo, compreendo q na atual situação do nosso pais e do mundo, a figura de um líder é necessária para conduzir a INSTITUIÇÃO, e dependendo do tamanho desta, séria necessário até, uma equipe para auxiliá-lo neste trabalho, entretanto, o cabide de títulos, q só infla o ego de homens, tem se tornado uma dinâmica asquerosa ao meu ver, pois apenas indica q só uma elite pode ter acesso a coisas q o povo não tem, um clero diferente dos leigos, profissionais da fé e consumidores desse produto… Já ouviu falar numa religião assim? Se vc disse Judaísmo, acertou na mosca.
Quando Jesus estava, corporeamente, na terra era assim (não sei como é hoje), havia uma “casta” determinada de especialistas q determinava os rumos da religião, e havia todo o resto, pessoas q não faziam parte daquilo, apenas eram conduzidos como bois pelo boiadeiro.
Eis, q não mais q de repente, surge no horizonte, ninguém mais ninguém menos q ele, o Ieshua Hamasia, o Cristo do Deus Vivo, Emanuel, a raiz de Davi, o Leão de Judá… ou como simplesmente ele era chamado: Jesus de Nazaré, o filho do Carpinteiro.
Quando se imaginava um homem q com mão de ferro fosse por a baixo todo reino q vinha contra Israel, surge, decepcionantemente, um homem médio, não mais alto ou mais forte q os outros da sua época, e q usava como arma as palavras de sua boa e as atitude de seu coração… algo, a primeira vista, bem limitado, se comparado com a tecnologia bélica da Roma do primeiro século.
Não vou me alongar na historia de Jesus aqui, pois a maioria das pessoas q acessa esse blog, já é cristã e assim, irei logo para o episódio q culminará com a conclusão deste texto q vc, amigo leitor, passa seus olhos neste momento.
Aproximadamente ano 33 da era cristã, noite da pascoa, ultima noite antes da crucificação do nosso herói. Durante o jantar Jesus pega uma toalha, enrola na cintura, carrega uma bacia de água e se aproxima dos seus discípulos amados com a intenção de lavar-lhes os pé. Mesmo sem compreender bem oq estava acontecendo, um por um foi tendo seu pé molhado e enxugado pelo Rei dos reis e Senhor dos senhor até q um deles interrompe o mestre com a frase:
– Mestre, jamais lavarás os meus pés.
Vc conhece a historia de Pedro e sabe q ele dava várias “bola fora” com Jesus, e não é de se espantar, mesmo considerando q esta é uma atitude de humildade e reverencia ao seu líder (q líder?? esse palavra nem existe no novo testamento) ao impedi-lo de fazer o trabalho q era destinado aos mais baixos serviçais da casa ou mulheres, q Jesus, como de costume, surpreenderia a todos, e ele fez dizendo:
–Se eu lavar os teus pés, vc não tem parte comigo ( Todos olha pra Pedro enquanto rola uma PAUSA DRAMATICA)
Será q foi isso mesmo q ele disse? Se eu não te lavar os pé, pode sair fora, pq vc não faz parte da turma q anda com Jesus. Se eu não deixar o Verbo q se fez carne, esfregar esse pezinho encardido de pescador do oriente médio, não sou apto para prosseguir me chamando Cristão? CARACA – é oque Pedro deve ter pensando no exato momento.
A intenção de Pedro era boa, como na maioria das vezes, mas como também na maioria das vezes, ele estava redondamente equivocado. No coração de Pedro seria impensável fazer Cristo, o ungido para governar Israel, ajoelhar-se na sua frente e lavar-lhe os pés, mas, contrário a todo intendimento humano (como de praxe), Jesus foi na contra mão do senso comum e declarou, simbolicamente, a seu discípulo, q no reino em q ele é Rei, não há espaço para um povo q compreende uma hierarquia onde pessoas elevadas não possam fazer serviços mais simples, no reino de Deus, não há espaço para pessoas dignas e indignas de qualquer serviço, não há quem não possa fazer algo enquanto para outro é obrigação, e pior ainda (ou melhor, dependendo da situação) Quem não compreende isso não tem parte com o Rei deste Reino (Fique uns 10 segundos pensando na ultima frase) Vou falar novamente com outras palavras: “Se eu não te lavar os pés, tu não tens parte comigo”. Conseguiu compreender? Se vc não compreendeu q a hierarquia é inimiga desse reino, vá não faz parte dele e está se enganando visitando semanalmente uma reunião de uma agremiação religiosa, entregando seus dízimos, cantando seus hinos… se vc não entender q o reino de Deus é um lugar de iguais, e ninguém é maior ou melhor q ninguém, sinto muito lhe informar amigão, mas vc não tem parte com este Reino!
“Se eu não te lavar os pés, não tens parte comigo”
Na atual igreja brasileira, em especial, nas de orientação NEOPENTECOSTAL, vemos vário títulos, q são disputados a tapa pelos queridos irmãozinhos: