Nas nossas igrejas temos tido a péssima mania de CELEBRAR a VIDA e MORTE, SACRIFÍCIO E MENSAGEM de Cristo através de um ritual morbidamente silencioso, onde cada cristão olha para a nuca do irmão à sua frente e se limita a fazer uma oração consigo mesmo, buscando pedir perdão por diversas faltas que teve durante aquele mês e comendo um pedacinho de pão e um copinho de suco de uva, Diminuímos o maior evento de todo o universo, responsável por toda a salvação de antes do presente e do por vir, a um pão seco e um gole de suco?
o Simbolo da mesa e da refeição, para a cultura onde Cristo se inseriu no tempo é de uma grandeza tão espetacular que faria com que aqueles que aceitaram o desafio de assumir a ética e a espiritualidade cristã como suas, esperar mais ansiosamente do que qualquer outro evento de sua vida.
Como num dominical almoço familiar, todos se encaram mutuamente, todos falam e são ouvidos, a piada de um é a risada de todos, o lamento de um é o choro de todos. Numa mesa, todos estão sentados e com a mesma altura, todos alcançam os utensilio e alimentos aos que estão mais distantes. Analogamente, a CEIA CRISTÃ é (ou deveria ser) o almoço da família de Cristo. Todos que são convidados a assentar-se à mesa são considerados iguais, ninguém come de um pão diferente, ninguém bebe de um vinho diferente… todos se olham, todos falam e são ouvidos… Todos compreendem que julgar-se a si mesmo é exatamente isso: julgar-se a SI MESMO e ninguém pode julgar o acesso de outro à ceia de Cristo. Todos se reconhecem como necessitados do que será servido, todos se reconhecem incapazes de colocar na mesa outro corpo ou outro sangue que seja tão eficaz quanto o que Cristo serve, todos são irmãos.
Na mesa, os problemas são resolvidos, na mesa as diferenças são colocadas de lado, na mesa nossas individualidades são minimizadas, para que aflore nossa comunidade, nossa comunhão, nossa unidade, aflora o fato de sermos corpo de Cristo.