A Família Tradicional | Ampulheta 68

Meu nome é Giancarlo Marx e hoje eu vou falar sobre o tema: A Família Tradicional.

Imagem de fundo com uma ampulheta em preto e branco. Na frente o nome do podcast (Ampulheta) escrito em laranja e cercado por um quadro também em laranja. No canto superior esquerdo, está escrito "68", referente ao número do episódio. No canto inferior direito está escrito o título do episódio: A Família Tradicional. Abaixo do título do episódio está escrito o nome do autor: Giancarlo Marx.

Frequentemente a humanidade inventa novas tradições antigas. Cria artificialmente lastros históricos a fim de que determinada ideia soe como se fosse muito remota. A narrativa da tradição e cultura arianas utilizada pelo nazismo alemão como marca de historicidade foi uma dessas criações. O Partido Nazista adotou símbolos, gestuais, costumes, etc, que remetiam a um passado glorioso, que hoje sabemos, nunca existiu.

Uma das principais ferramentas adotadas por quem deseja mudar o passado é o que chamamos de “revisionismo histórico”. E nessa esteira temos ainda hoje gente que afirma que o extermínio de judeus, gays, ciganos, etc, nunca ocorreu na Alemanha. Na mesma toada, tem gente no Brasil que nega até mesmo as torturas, desaparecimentos e assassinatos impostos pelo regime militar, uma história ainda mais recente do que a do Terceiro Reich, e igualmente registrada em ampla documentação, incluindo testemunhos de torturadores e torturados.

Ainda que tudo isso nos intrigue muito, existe uma “nova tradição antiga” que visa acomodar um conceito absolutamente moderno ao próprio texto bíblico. Eu me refiro ao mito da “família tradicional”.

Geralmente quando as pessoas falam em “família tradicional” elas estão pensando em 3 elementos com papéis, títulos e hierarquia bem definidos. São eles em ordem de comando: O pai, a mãe e os filhos. Roda até hoje na internet uma figura com três guarda-chuvas, em que o primeiro, no topo, representa Cristo, o segundo um pouco mais abaixo representa o marido e o terceiro representa a esposa. E abaixo da esposa estão os filhos, sendo protegidos pelos três. Outro dia a gente pode falar mais a fundo sobre toda a problemática que este gráfico traz consigo. Hoje vamos focar nesse modelo de família. Por um acaso você já achou ela na Bíblia?

Quando Deus fez sua promessa a Abraão, ele lhe prometeu uma família. E disse que esta família abençoaria todas as demais famílias. Acontece que Sara (que além de esposa também era irmã de Abraão) nunca havia engravidado. Já era idosa e não podia mais ter filhos. Então Abraão engravidou a serva dela, Agar. Ismael nasceu. Mais tarde Sara também teve seu filho Isaque, então Agar e Ismael foram descartados. Quando Isaque cresceu, casou-se com sua prima Rebeca, e ela teve os gêmeos Esaú e Jacó. Acontece que Jacó enganou o irmão e o pai pra ser abençoado como se fosse primogênito. E pra isso contou com a ajuda da própria mãe.

Mais tarde Jacó quis casar-se com Raquel, e negociou com o pai dela, Labão, que também era seu primo. O trato era que ele trabalharia de graça em troca de receber a prima como esposa. Acontece que Raquel tinha uma irmã mais velha, ainda solteira, Lia. Então Labão enganou o primo, que teve que trabalhar dobrado pra conseguir finalmente a esposa que ele queria (não sem antes ter que casar-se também com a irmã dela).

Em um episódio sobrenatural, Jacó encontrou-se com o próprio Deus em forma física. Lutou com ele exigindo que o abençoasse. Dessa luta ele saiu com duas marcas profundas. A primeira foi um ferimento na perna que o obrigou a mancar pelo resto da vida. A segunda foi que naquele dia Deus mudou o seu nome, de Jacó (que significa “enganador”) para Israel (que quer dizer “ele luta com Deus”).

Jacó (ou Israel) com suas esposas tiveram 12 filhos, que deram origem às 12 tribos de Israel. Um deles era José, o favorito do pai. Ele provocava seus irmãos, contando seus sonhos em que ele se dava bem, e os demais sempre tinham que se curvar a ele. Então os irmãos, tomados de inveja, decidiram matá-lo. Mas como passava por ali uma caravana de mercadores, os irmãos acharam melhor faturar um dinheiro e venderam José como escravo para os egípcios. Em seguida mentiram para o pai, Israel, dizendo que ele havia morrido em um acidente.

Alguém consegue me apontar a “família tradicional” em alguma dessas histórias? E olha, nem adianta seguir em frente, porque sinceramente, sem querer dar spoiler, só piora. Apesar de tudo isso, Deus escolheu esta família absolutamente disfuncional pra abençoar a todas as famílias da Terra.

No ápice dessa árvore genealógica, o anjo Gabriel se apresentou a uma jovem noiva palestina e disse: “Alegre-se, mulher favorecida! O Senhor está com você!”. Lucas 1:28. Então Maria foi informada de que ficaria grávida antes mesmo de se casar com José (o que era um problema). E que seu ventre logo mais abrigaria o Ungido de Deus. A mesma criança prometida a Abraão, a partir da qual todas as famílias da terra seriam acolhidas, amadas e benditas.

Então se a sua família não é exatamente aquela do comercial de margarina não se desespere. Existe um lugar pra você e para os seus na mesa com Jesus. É ele quem te diz o mesmo que disse ao controverso Jacó:

“Não tema, pois eu o resgatei; eu o chamei pelo nome, você é meu”. – Isaías 43:1

Bom, eu vou ficando por aqui. Um forte abraço e até o próximo Ampulheta se Deus quiser.

PARTICIPANTES:
– Giancarlo Marx

COISAS ÚTEIS:
– Duração: 07m26s
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CITADOS NO PROGRAMA:
Imagem dos guarda-chuvas da “Família”.
Lucas 1:28
Isaías 43:1

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