Meu nome é Giancarlo Marx e hoje eu vou falar sobre o tema: Deus, um mentiroso?
“Se afirmamos que não pecamos, chamamos Deus de mentiroso e mostramos que não há em nós lugar para sua palavra.” – 1 João 5:10
Este trecho da primeira carta de João me faz lembrar imediatamente aquele famoso episódio em que uma mulher, pega em adultério, foi colocada diante de Jesus. A Lei de Moisés dizia que ela deveria ser apedrejada pelo seu pecado, o povo ali reunido perguntava ao mestre se eles deveriam proceder de maneira diferente do que dizia Moisés.
Jesus não respondeu diretamente a provocação deles. Ao invés disso os colocou em conflito com suas próprias consciências: “Aquele de vocês que nunca pecou atire a primeira pedra.” – João 8:7
O relato, na pena do mesmo João, é que a multidão começou a deixar as pedras no chão e ir embora, começando pelos mais velhos, e então os mais jovens. Até que só sobraram ali Jesus e a mulher acusada. Ninguém ousou ignorar a própria condição de pecador. Cada um deles se reconheceu inapto a executar o juízo sobre aquela pecadora (já que todos eram igualmente pecadores).
O resto da história todos conhecemos. Jesus também não a condenou, e lhe deu um sábio conselho: “Vá e não peques mais.”, e em seguida ele dirigiu-se à multidão e disse: “Eu sou a luz do mundo. Se vocês me seguirem, não andarão no escuro, pois terão a luz da vida.” – João 8:12
Mas que luz é essa? Do que Jesus estava realmente falando?
Basta olharmos o contexto em que o ensino foi dado. Jesus havia acabado de desafiar os mais santos da multidão. Aqueles que estivessem definitivamente puros. E não encontrou nenhum.
A luz é a confissão da nossa condição inegável: somos pecadores.
João vai desenvolver melhor este tema no complemento do trecho que eu citei no início deste episódio. Em 1 João 1:5-7 ele escreve: “Esta é a mensagem que ouvimos dele e que agora lhes transmitimos: Deus é luz, e nele não há escuridão alguma. Portanto, se afirmamos que temos comunhão com ele mas vivemos na escuridão, mentimos e não praticamos a verdade. Mas, se vivemos na luz, como Deus está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”
Andar na luz é reconhecer o próprio pecado. Reconhecer a dependência total e absoluta que temos da redenção propiciada por ele na cruz através do único meio capaz de nos tornar puros: seu sangue.
E João continua:
“Se afirmamos que não temos pecados, enganamos a nós mesmos e não vivemos na verdade. Mas, se confessamos nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” – 1 João 1:8-9
Não nos basta pedir perdão a Deus. E eu arrisco dizer que isso não tem qualquer efeito prático. O que a Bíblia nos desafia a fazer é CONFESSAR. Ou seja, reconhecer diante de Deus (e dos nossos irmãos) o nosso pecado. Isso pode ser bem mais doloroso e bem mais profundo do que simplesmente “pedir perdão”. Porque exige que a gente se torne vulnerável e abra uma brecha em nossa capa de santidade.
Será que a mulher seguiu o conselho de Jesus e nunca mais pecou?
Com base na reflexão da epístola de João, eu arriscaria dizer que ela continuou pecando, assim como cada um de nós. Talvez de outras formas, mas com certeza pecou. Por outro lado eu ouso conceber também, com base no ensino que Jesus trouxe naquele episódio, que o pecado que ele a aconselhou a não mais cometer mais era este: o de acobertar o próprio pecado.
Confesse hoje mesmo o seu pecado e ande na luz. Seja perdoado e purificado.
Um forte abraço de um outro pecador igualzinho a você e até o próximo Ampulheta.
PARTICIPANTES:
– Giancarlo Marx
COISAS ÚTEIS:
– Duração: 05m42s
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– Todos os “Ampulheta”
CITADOS NO PROGRAMA:
– 1 João 5:10
– João 8:7
– João 8:12
– 1 João 1:5-7
– 1 João 1:8-9
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