A Droga do Hype | Ampulheta 15

Meu nome é Giancarlo Marx e hoje eu vou falar sobre o tema “A droga do hype”.

Você provavelmente já viu esse filme. Alguém faz comentários ácidos e contundentes nas redes sociais, e logo atrai uma horda de descontentes com tudo. “É isso aí!” “Você é muito corajoso!” “Tem que falar mesmo!” Joinhas e coraçõezinhos pipocam na tela, e o anônimo que até pouco tempo passava o dia catando meleca do nariz, do nada se converte num arauto da verdade. O mesmo se aplica a gente movida a ódio. Pessoas que quanto mais são confrontadas e ridicularizadas, mais se empenham na tarefa de manifestar posições polêmicas, sem o mínimo de empatia com o próximo.

Acontece que este momento é muito fugaz. Em poucos dias ninguém mais se lembra dele e muito menos do assunto tão importante que ele tratou. Todos retornam aos vídeos de gatinhos, e o “famoso quem?” se vê de volta ao anonimato. Até que publique uma nova declaração polêmica, capaz de devolvê-lo ao lugar de direito. Afinal, ele é um formador de opinião, né?

Todo dia um novo assunto e um novo personagem toma esse posto. Algumas raras vezes alguém reaparece no trend, mendigando atenção. Buscando reaver a mesma sensação incrível que vivenciou na primeira vez que esteve ali. Mas, na maioria das vezes, isso não vai acontecer. A fila anda. O mundo gira. Seus cinco minutos de fama se foram.

A droga do momento é o hype. E a dependência dos aplausos é provavelmente a principal causa de você ler tantas declarações convictas por aí (muito mais do que gente convicta). Nessa ânsia por atenção, os candidatos a webcelebridades apelam pra drogas cada vez mais pesadas. E o que vemos é uma enxurrada de comentários daqueles que chamamos de “clickbait”.

Em Gálatas 1:10, Paulo escreveu assim:

“Acaso estou tentando conquistar a aprovação das pessoas? Ou será que procuro a aprovação de Deus? Se meu objetivo fosse agradar as pessoas [e aqui eu acrescentaria, ou desagradar], não seria servo de Cristo”.

Sei que a carta aos gálatas, em linhas gerais, foi escrita para combater a questão do legalismo, em especial aqueles que defendiam que os cristãos deveriam cumprir todos os rituais judaicos. Mas será que esta afirmação não se aplica também num ambiente mais secular? É igualmente triste ver como a sede por status social tem desviado tantas pessoas de seu senso de peregrinação. Se estivéssemos em um jogo de videogame, seria como perder-se numa sidequest e se esquecer completamente da missão principal.

Quem se considera servo de Cristo vai procurar agradar a Cristo, ainda que isso signifique muitas vezes não ser tão popular nem mesmo tão polêmico quanto gostaria. As vaias e os aplausos não podem servir de combustível (e muito menos de freio).

De uma coisa eu tenho certeza: se eu seguir a Cristo da maneira correta, provavelmente vou concluir minha jornada no mesmo lugar que ele concluiu a dele: Na cruz. Sem aplausos. Negado por aqueles em quem eu mais investi tempo, recursos e atenção. Mas de modo algum a reação das pessoas vai ser minha medida de sucesso. Quer sejam aplausos, quer sejam vaias.

Pensando nisso, será que eu tenho me portado como um verdadeiro servo de Cristo?

Bom é isso aí. Um forte abraço e até o próximo Ampulheta.

PARTICIPANTES:
Giancarlo Marx

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– Duração: 07m39s
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CITADOS NO PROGRAMA:
Gálatas 1:10

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