…Só permanecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar e o adulterar; fazem violência, um ato sanguinário segue imediatamente a outro… (Oséias 4:2).
Estas palavras saíram da boca de um profeta em direção ao povo escolhido, aquele da aliança, há aproximadamente 750 anos antes da vinda de nosso Senhor, porém ainda ecoam em nossas mentes nos dias atuais. Quem dentre nós não poderia dizer essas mesmas palavras ao se deparar com os noticiários carregados de sangue, matança, informes de corrupção e tragédias? Essas foram as palavras que ouvi esta semana da boca do pastor de uma comunidade que tenho o prazer de frequentar quando minha rotina me permite. Gente de bem, que paga seus impostos e tenta ajudar da melhor maneira que pode…gente que ora… jejua…gente de carne e osso como eu e você. Pessoas que fazem parte dessa geração que perpetua os mesmos erros do passado contra os quais Jesus pregou veementemente em seus sermões.
Porque sempre incorremos nos mesmo erros? Porque esses versículos parecem tão atuais? Porque Deus não faz nada e permite tanta dor e injustiça? Não tenho uma resposta otimista para essas perguntas e creio que você caro leitor também não terá. Tentando chegar a uma conclusão para tais questões, me deparei com o livro de Atos. Jesus estava acendendo aos céus após permanecer certo tempo ensinando seus discípulos e nesta hora estes permaneceram atônitos olhando a cena. Dois anjos apareceram e perguntaram: “Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11).
Mais de dois mil anos se passaram e a pergunta permanece a mesma: Por que ficais aí olhando para o céu? Com demasiada facilidade esperamos que Deus faça alguma coisa por nós quando, em vez disso, Deus quer agir por meio de nós. Jesus mencionou as boas obras como uma espécie de apologética visível: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. (Mateus 5:16) Somo a ultima ratio de uma sociedade que necessita muito mais do amor de Deus do que de sua doutrina. Somos a igreja de Cristo, Suas mãos e Seus pés. Jesus disse para sermos a luz de um mundo que anda em trevas permanentes que permanece como se estivesse coaxando “ Tô aqui! Tô aqui! Tô aqui!”. O romancista Reynolds Price diz que há uma frase que, acima de todas, as pessoas buscam nas histórias: O Criador de todas as coisas me ama e me quer.
Que possamos ser instrumentos da resposta para tal busca.