O amor, diriam alguns, base fundamental do cristianismo, se manifesta de muitas maneiras diferentes entre nós brasileiros, por termos uma unica palavra para definir vários sentimentos diferentes, contudo, dentre todos os AMORES que podemos ter, não podemos negar que a fragilização é a base destes todos.
Não a fragilização apenas de um lado desse relacionamentos, mas a mutua fragilização, a mutua exposição, onde os envolvidos, ambos, se mostram ao outro, quem realmente são e por que realmente estão dispostos a investir todas as fichas nesse relacionamento.
Seja as partes envolvidas, um casal em que o homem por mais que insista em se mostrar o provedor e sustentador, precisa mostrar para sua esposa que a motivação de seu empenho é exatamente o medo de que sua mulher passe por qualquer necessidade, ou um pai que se mostra forte e decidido apenas diante de seu filho para evitar em qualquer instancia que a criança se sinta amedrontada e desprotegida, um pastor diante da sua comunidade que se mostra implacável e determinado nos estudos e nas pregações para proteger sua comunidade das heresias ou mesmo, o próprio DEUS e a IGREJA…
Deus, em Cristo, se fragiliza diante da criação para estabelecer um relacionamento que evidencie que ele está disposto a tudo para não perde-los, disposto até a morte. Deus que jamais morreria se faz como o pai que diante da incapacidade de comunicação do filho, se faz como a criança, se joga no chão, usa as palavras que a criança entende, se faz compreensível ao filho.
Eu sou eterno, mas pelo amor que tenho por vocês, eu até morreria, se fosse necessário.
Deus se fragilizou para que nesse relacionamento de fragilização mútua, nós, sua igreja, não precisemos ostentar o título de intransponíveis, pois não o somos e sempre que dizemos ser, somos mentirosos, negamos a possibilidade da fragilização uns com os outros, em outras palavras, abrimos mão de nos parecer com Deus, de amar o próprio Deus e de amar o alvo primário do amor de Deus, sua igreja…