SANTIDADE

confissão11A natureza do ser humano é pecar… Não trata-se de um qualidade de alguns homens ou mesmo do objetivo de outros, pelo contrário, assim como é natural ao ser humano, seus instintos mais primários como se alimentar, se defender, procriar, é natural ao homem pecar. Alias, diria que a natureza pecaminosa do homem é ainda mais intensa no pecar do que nos outros tantos exemplos que dei e assim, podemos afirmar claramente que desde de o Edem e a queda, onde o homem preferiu se apartar de Deus quando não atendeu seu chamado depois do pecado, que o homem não é pecador por que comete pecados, mas que comete pecados por que é pecador.

Mais grave do que ser pecador e assim cometer pecados, é a ideia satânica que alguns homens tem de que podem, simplesmente parar de pecar com sua força de vontade ou aderindo ao uma nova ética, baseada em proibições e consequentes punições… Alguns homens acreditam realmente que aderindo a uma religião, irão parar de pecar.

Essa ideia é, como disse anteriormente, tão absurdamente satânica e equivocada, que eu poderia comparar-la com um remédio ou processo que nos fizesse abandonar nosso instinto de auto-defesa, nossos apetites mais primitivos, nossos impulsos sexuais… Alias, como já disse, parar de pecar, é ainda mais difícil que isso.

A mensagem de que dentro da igreja as pessoas param de pecar é satânica por que contem nela mesma a ideia de que podemos nos assegurar, a partir de rituais e proibições morais, atingir um ponto moral que tende ao zero-pecado. Ora, houve apenas um homem que não cometeu pecados, e este é JESUS CRISTO, filho de Deus, e quando eu prego, do alto do meu púlpito que uma regra moral pode me fazer pecar menos até quase chegar ao zero-pecado, de alguma maneira mentirosa, eu estou afirmando que o que distancia a minha existência da existência do CRISTO de Deus, é apenas quantitativa, e que se eu me esforçar mais e mais nessa caminhada ética de proibições, posso cada dia mais me aproximar dele, posso me fazer parecido ou até mesmo muito parecido, ou ainda pior… QUASE IGUAL a Cristo… E aposto que a maioria dos leitores deste texto sabe, quem foi o personagem bíblico que se destaca, por achar que melhorando pouco a pouco, se tornou parecido com Deus.

A diferença entre nos e cristo não é referenciada pela quantidade de pecados que deixamos de cometer, antes, somos de NATUREZAS diferentes, somos distintos, por que somos PECADORES enquanto Cristo é SANTO.

Diante da realidade de sermos ineficazes a religião satânica que sigo comentando, nos obriga a viver uma vida dupla, que não admite o fato de não sermos tão bons quanto CRISTO é, de não sermos santos como ele é. A religião, nos empurra para sermos imitadores de SATANÁS, e nos obriga a fingir ser algo que não somos diante de todos, mesmo que no intimo do nosso coração, o que nos sobre é a decepção de nunca conquistar o inatingível momento da vida que é ser IGUAL A DEUS.

Diante dessa realidade sombria da religião, nos deparamos com uma proposta distinta desta, que nos auxilia a entender nossas limitações e nos empurrar para a comunhão, o único lugar onde podemos compreender que somos limitados, diante da limitação dos outros, nos obrigando a nos permitir ser auxiliados nas nossas falhas assim como nos tornando responsáveis pela solução da falha dos outros, e essa é a igreja.

Diante da realidade da igreja, acabamos por nos reconhecer como falhos confessar nossas falhas, escutar a confissão dos outros, e diante de uma realidade de pecadores que compreenderão sua natureza, nenhuma acusação é valida, nenhuma expectativa é quebrada, nenhum medo se sustenta e ninguém é exaltado, a não ser o único que é digno, o próprio Cristo.

Viver em comunidade, em comunhão, ser igreja uns para com os outros é muito mais do que apenas acatar ordens, obedecer regras e fujir das punições… trata-se de se reconhecer humano e pecador, diante de seus iguais, e na presença de Deus.

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