Cambistas, Sombra e chicote. #pastorais

Em Marcos 11.12-19 duas cenas são marcantes. A primeira é que Jesus ao ter fome buscou comida em um pé de figo. Não encontrando o amaldiçoou. Logo em seguida ele desce a ripa no povão que estava comercializando no templo. Estes dois acontecimentos ocorrem na última semana dele em vida mais precisamente numa segunda-feira.

 

No caso da figueira, a sua improdutividade gerou nela um problema sério. Mas o que esperar de uma figueira que só poderia oferecer sombra, afinal não estava no tempo da sua frutificação. Há muito para se especular, mas fico com a ideia de que esta planta simboliza o povo de Israel, e para trazer aos nossos dias, nos simboliza também. Longe de querer saber se haveria fruto ou não, o fato é que ao ser encontrada por Jesus ela não ofereceu aquilo que Ele queria. Secou.

 

No caso dos trambiqueiros no templo, fique tranquilo, não tem a ver com as vendas da Avon e Natura que você leva ao templo, nem tão pouco com a cantina no final do culto. Tem muito a ver com a oferta e nos dízimos. Se estão lá para a compra do perdão saia correndo porque o Nazareno da Mão furada está com a ripa na mão dando na cabeça dos desavisados. Corram mais ainda os que se aventuram a esfoliar os pobres coitados cheios de culpa que na busca por paz e perdão encontram pelo meio do caminho gente que explora sem dó nem misericórdia a dor do outro. Fazem isso os colocando sobre a ameaça do medo e impondo-os uma submissão escravizante.

 

Tanto a sombra como os cambistas de perdão estão por todos os lados. Cristo virá chicotear sem dó e sem piedade estas marmotas.

 

 

 

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