Ilustração do Carlos Ruas, do Blog “Um Sábado Qualquer”
Então, sei (ou imagino) que muitos leitores deste estimado blog não gostam das tirinhas do “Um Sábado Qualquer“. Tem umas coisas que eu tenho minhas reservas, mas sempre aprendi a ver as coisas e reter o que presta. E naquela viralização toda de “Marco Feliciano não me representa” e coisa e tal, acabei me lembrando desta tirinha durante uma mensagem que ouvi no acampamento da minha igreja.
(relaxem, o assunto não é o dito pastor-deputado, tomei a conduta de me esforçar ao máximo pra não dar muita trela pra ele)
“Como assim, Thiago, onde tu tá quereno chegá meu fi?” Então, negócio é assim. O pastor mencionou um cara que falou pra ele que “acreditaria em Deus se Ele batesse na porta dele e se apresentasse”. Nisso ele falou na importância de nós sermos representantes de Deus nesse mundão velho sem porteira. Sim, acreditamos que Cristo é Deus, e procuramos ser imitadores de Cristo, logo somos representantes dEle por aqui.
Juntei isso com a aula que rolou pros Adolescentes na Escola Dominical ontem, que era sobre colocar em prática o que estudamos na Palavra. Ao dar a aula, mencionei Tiago 1.
Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se,
pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.
Portanto, livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los.
Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.
Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho
e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência.
Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer.
Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!
A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo.
Tiago 1:19-27
E nisso pensei na nossa realidade. Quantas vezes não vemos absurdos em nosso meio? Não, não estou falando de gays, nem de adolescentes com o hormônio pra lá de marrakesh (desenterrei, diz aí) transando loucamente. Quantas vezes não cantamos “Corpo e Família” e no trabalho falamos de quanto odiamos fulano? Quantas pessoas não estão por aí indignadas com a corrupção em trocentas instituições religiosas, arrotando santidade, mas tão aí subornando guarda? Ou vendendo voto pra algum candidato picareta, pra depois reclamar da política no Brasil? Falamos muito de ação social, de sermos sal e luz neste aspecto, mas poucas vezes vejo sobre pessoas manterem a integridade, entrarem na linha, não serem corruptas. Sempre lemos “não se deixar corromper pelo mundo” somente pela ótica sexual, mas existem MUITAS outras coisas que precisamos estar atentos e as vezes não damos a mínima, tudo por conta do maldito “peso” que damos pra “pecado x” e “pecado y”.
Algo que sempre comento com o pessoal, é que este aumento no número de evangélicos no Brasil é algo para se pensar. Se somos cristãos, devemos ser sal e luz, fazer a diferença pro melhor, ok? Se aumentou o número de evangélicos e cristãos nesta terra, deveria ter ao menos um sinal de melhora nessas áreas onde houve aumento, não? Vemos muito homicídio, muita corrupção, e tudo isso motivado por coisas cada vez mais banais e estúpidas. Então será que não temos que rever alguma coisa?
Será que vamos ter o vexame de ‘ver’ Deus dizendo “sou Deus e você não me representa?” vish, seria tenso, hein?