O pão em nossa cultura, e diversas outras, representa, ao menos culturalmente, a unidade mínima de alimentação. Porém o pão, representado como essa unidade mínima de alimentação é composto de diversos ingredientes, tais como: farinha, sal, fermento e água.
Estes elementos sozinhos não representam em si mesmos a alimentação. Ou seja, se você comer cada um destes ingredientes separadamente, sem o preparo devido, você não terá comido pão. Ora, cada um destes ingredientes tem suas características próprias. Logo, a água é bem diferente do fermento, que é diferente da farinha e do sal. Porém, quando são misturados na medida correta e passam por diversos processos manuais e automáticos temos o conhecido pão nosso de cada dia.
Depois de misturados e processados, esses ingredientes jamais voltam a ser farinha, sal, fermento e água novamente. Suas características foram somadas e agora os ingredientes, juntos, foram um novo produto com existência própria. Ou seja, já não se olha mais a farinha, sal, fermento ou água, mas simplesmente pão.
Assim acontece com a Igreja. Somos diferentes uns dos outros. Porém, por meio do Espírito Santo somos transformados em corpo de Cristo, que a carta aos Efésios destaca tão bem. Na Igreja já não se olha mais as pessoas do ponto de vista individual, mas todos, com suas características próprias são chamados a compor este corpo.
Assim como os ingredientes são transformados para sempre, os que se integram à Igreja de Cristo também são transformados e jamais voltam a ser os mesmos que eram antes. Já não há como separar a Igreja de Cristo.
Também não se pode entender a Igreja como uma única pessoa, pois assim como os ingredientes do pão sozinhos não formam pão, não há como ser Igreja afastado da comunhão uns dos outros passando pelo processo de transformação que o Espírito Santo realiza em nós.
Agora imagine se no pão o fermento quisesse ter a mesma quantidade que a farinha? Imagina se a farinha fosse em menor quantidade? E se houvesse água demais ou de menos? Isso de forma alguma seria pão, e por não ser pão não iria alimentar.
A Igreja é formada por pessoas únicas com suas características únicas, que somadas formam o corpo de Cristo aqui na terra. Portanto não há lugar para o destaque uns e esquecimento de outros. Cada um deve ser usado para formar o corpo de Cristo, para que todos cheguem à maturidade e pleno conhecimento de Deus. O texto de Efésios 4:11-16 deixa claro que cada um tem uma função específica, porém ninguém deve se sobressair sobre o outro, pois em um pãzinho nós não costumamos sentir mais o gosto do femento do que a textura da farinha, nem o sabor do sal mais do que a água.
Uma Igreja onde cada tenha seu papel sem passar por cima do outro, será uma Igreja que alimenta, pois seus ingredientes estão misturados de forma correta que passou, e continua passando, pelo processo de maturidade que o Espírito Santo aplica em nossas vidas.
Este post surgiu do batepapo ente mim (@milhoranza) e o Cristiano (@crentassos) e esperamos que gere uma reflexão do nosso papel na formação do Corpo de Cristo.