Ontem a noite morreu Troy Davis.
Nunca tinha ouvido falar dele até logo depois de ser morto pelo governo dos Estados Unidos. Troy Davis, homem negro e pobre da Georgia, foi condenado à pena de morte por talvez (muita coisa indica que não) matar um policial branco.
Comecei minha manhã abalado com essa notícia, apesar do sol que brilha lá fora, muita coisa minhoca na minha cabeça. Será que um governo tem capacidade de decidir matar alguém? Será que existe a necessidade de extinguir a existência de um ser humano? Será que é legitima a morte de alguém, seja ela culpada ou não? Como pode os Estado Unidos querer levar a paz para o mundo se eles matam seus próprios americanos através do seu sistema judiciário? Que tipo de governo é esse que torna a morte legal e legítima? Que justiça é essa que promove a morte? Desde quando a morte é um meio de fazer justiça?
China, cantor recifense, diz em uma de suas músicas que o mundo é confuso e tendencioso demais. Vivemos num mundo de morte, é ela quem beira nosso caminho, o vale das sombras é parceiro e muitas vezes o cajado é difícil de alcançar. Só consigo pensar em outra música do rei Roberto e do tremendão Erasmo — os dois Carlos — é preciso dar um jeito, meu Amigo.
É difícil ser mensageiro da vida, quando o cheiro de morte toma conta do lugar, é preciso dar um jeito, meu Amigo, vê se não demora…
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Kyrie eleison