Eu trabalho, como alguns devem saber, numa grande empresa pública estadual. Entrei nessa empresa, como a maioria dos meus colegas, através de concurso público, ou seja, dentro desta empresa convivo com pessoas de bom nível de escolaridade. Dentre estes, destaco um colega q trabalha a dois andares acima do meu, e q tenho imenso prazer em conversar. Chama-lo-ei aqui de Sr. A (de agnóstico, por este crer em Deus sem professar qualquer religião, julgando-as todas inúteis). Temos uma lista gigantesca de diálogos durante os intervalos e almoços.
O Sr. A sabe q eu sou cristão e algumas vezes o assunto caminha para a religião, ou melhor dizendo, para a espiritualidade, mas o texto em qual vc passa seus olhos nesse exato momento fala sobre exatamente o tema, q primeiramente citei, RELIGIÃO!
O sábio Sr. A, grande leitor e conhecedor da tradição católica, onde foi criado, e questionador por natureza, começou uma série de perguntas pertinentes sobre vários pontos do protestantismo ao passo q eu, bom aprendiz de teologo, respondia uma atrás da outra, com aquele orgulho santo q apenas um verdadeiro cristão consegue sentir, o pecado aconcelhável, quando muitos pastores dizem: – Tenha piedade do perdido, que não conhece a Cristo, que não tem tem a salvação e os benefícios de ser um bom cristão como nós, agora oremos para agradecer ao nosso Deus pela honra de ser cristão.” – Mas vamos falar disso num outro post, e voltar aos quetionamentos do Sr. A.
Quando eu ja tinha discursado por quase uma hora, deixando a comida esfriar no prato, o nobre Sr. A lança uma pergunta, q após ter sido compreendida por mim, perdeu o artigo feminino indefinido “UMA” para ganhar um artigo definido “A”. A PERGUNTA feita por ele foi:
– Depois de tudo isso q vc falou, sobre as comunidades primítivas q viviam praticamente em anarquia , pois todos sabiam oq deveria ser feito e assim o faziam, para q o bem comum fosse sempre alcançado, onde cada membro era parte integrante do corpo cósmico do Cristo, tomando a frente para “agir” as atitudes do homem-Deus, q representando um inversão completa dos valores dos deuses das outras religiões da época, q ao invés de pedir sacrifícios de seus servos, Ele mesmo, Jesus, se entregou por amor aos seus, não quero q vc ache q estou fazendo um jogo de palavras para tentar derrubar seus argumentos, com tada sinceridade do meu coração te pergunto… Pq a igreja não é assim hoje??
Eu não pude responder a pergunta, pq coloquei um garfo cheinho de comida na boca, para me dar tempo para pensar e por uma livramento divino, um garçon perguntou se eu queria outro suco e assim consegui fugir da ferroz curiosidade de meu amigo Sr. A , mas ainda hoje, alguns anos depois, a pergunta fica como um pica-pau pousado o meu ombro bantendo dia e noite na minha cabeça…
me responde ai então: