Em honra dos excluídos: Perdedores

Caro leitor (a) Se você está lendo este post suponho que tenha se familiarizado com o tema. De certo modo todos nós em algum momento de nossas vidas sentimos o gosto amargo da derrota e a relação que temos com ela neste momento é que determinará, de certo modo, grau e amplitude de nosso desenvolvimento como ser humano. Mas existem certas pessoas que aprendem a aceitar a derrota como companheira dado o número de vezes em que esta se apresenta em seu cotidiano. Em contrapartida nossos programas televisivos estão abarrotados de gente vencedora: o campeão mundial de vale-tudo, a apresentadora de TV de sucesso, o ganhador do programa de talentos, a talento mirim que tem a voz melhor que todas as suas concorrentes.
De um modo até patológico valorizamos os seres de nossa espécie que se destacam, vencem desafios, são os “melhores”. Este é nosso instinto, pois de um modo natural o ambiente seleciona os mais adaptados às adversidades no mundo animal. Se observarmos manadas na África notaremos facilmente que os mais velho, mais fracos ou anômalos são deixados para trás para não atrasar seus companheiros. A Natureza é dura para com os fracos porque não deveríamos ser?
Jesus nos dá uma dica nas bem aventuranças. Em uma série de afirmações contundentes, nosso Senhor deixa bem claro que pobres, injustiçados e páreas serão aceitos diante do Pai. Não somente isso, mas fica claro e evidente que estes herdarão o reino dos céus. A este respeito em certa ocasião Lewis argumentou que é uma coisa séria estarmos em uma sociedade de futuros deuses e deusas nos deparando com a pessoa mais tosca e desinteressante que, se víssemos de novo após seu contato final com o Criador nos sentiríamos tentados a adorar.
Talvez Jesus nos aconselhe a olhar com bons olhos para pessoas como estas porque em essência somos todos perdedores momentâneos. Pecamos diariamente, perdemos chances enormes de abençoar nossos semelhantes, guerreamos por pedaços de papéis terras e até mesmo materiais que vamos queimar.
Por sorte Paulo em sua carta aos Romanos nos garante que onde abunda o pecado superabunda a Graça!
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