Chega de enrolação e vamos a noticia… espero q gostem!
Evangélicos foram usados (usado?? Como assim??) na campanha eleitoral como “bucha de canhão”, numa guerra que recorreu à retórica que sempre foi muito bem aceita nesse segmento – a luta do “bem” contra o “mal” (desde as cruzadas q as lideranças cristãs vem dando umas “bola-fora” nesse sentido, heim). A análise é do teólogo e professor Leonildo Silveira Campos, da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp).
A luta contra o aborto, o casamento ou a união entre pessoas do mesmo sexo juntou segmentos conservadores do lado evangélico e do lado católico nestas eleições. (Tá ai uma coisa q eu não via a muito tempo… católicos e evangélicos juntos, só se for pra brigar) A quase totalidade dos 30 milhões de evangélicos brasileiros – há estimativas superdimensionadas que falam em 46 milhões – deixou de ser uma minoria “e passaram a se sentir importantes, numérica e socialmente, impulsionados por uma auto-representação de serem o fiel da balança em tempos de eleições”, avaliou Campos.
Institutos averiguadores das intenções de voto divergem quanto ao papel dos eleitores evangélicos no primeiro turno das eleições presidenciais. Pesquisa do Ibope pós 3 de outubro concluiu que o voto religioso teve papel decisivo para levar o pleito ao segundo turno.
“A queda de Dilma (Rousseff, candidata do Partido dos Trabalhadores – PT) na véspera do primeiro turno começou entre os evangélicos e depois se estendeu aos católicos. O principal motivo foi a campanha em templos e igrejas (esqueceu de citar o pelotão SPAMMER ANTI INIQUIDADE, uma especie de Jesuítas virtuais q começaram a atirar pra todos os lados todo tipo de email) contra o voto na candidata por causa da legalização do aborto, defendida pelo PT”, escreveu o repórter José Roberto de Toledo, de O Estado de São Paulo, ao analisar a pesquisa do Ibope.
O DataFolha realizou pesquisa no dia 8 de outubro e detectou que apenas 3% dos entrevistados que declararam ter religião receberam orientação da igreja para não votar em algum dos candidatos à presidência da República.(me engana q eu gosto) É indiscutível, contudo, o mar de votos que a candidata do Partido Verde (PV), Marina Silva, ela própria seguidora da Assembléia de Deus, recebeu do contingente evangélico. Foram 19 milhões de votos!(mas essa mereceu… alias, merecia até mais!)
Segundo o Ibope, Dilma teve o voto de metade dos católicos, mas de pouco mais de um terço dos evangélicos, empatando, no segmento, com o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), José Serra. Marina levou a eleição para um segundo turno e declarou neutralidade.
Outra análise de José Roberto Toledo e de Daniel Dramati para O Estado de São Paulo mostrou que Marina teve mais de 15% dos votos válidos em 1.003 municípios, concentrados em cidades grandes e médias dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A concentração de votos da candidata do PV foi acima da média nas capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes na Região Sudeste. Segundo o Ibope, nesses locais concentram-se cerca de 51% dos eleitores evangélicos do país.
Além dos evangélicos, Marina recebeu o voto de setores da classe média (denovo nããããããoooo ;D (piada interna)) sensível à agenda ambiental. Agora, nem todos os votos depositados em favor da candidata do PV foram de evangélicos e de católicos. Apoiaram-na 22% de eleitores ateus, agnósticos ou seguidores de outras religiões.
A pergunta é para quem migrarão os votos de Marina Silva no segundo turno? Dilma e Serra flertam com os evangélicos(Tenso… 🙁 ). A candidata do PT prometeu a 51 líderes evangélicos reunidos, no dia 13 de outubro, com ela e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, vetar teses polêmicas previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos III, dentre elas a discriminalização do aborto.(Se alguem tem link disso aqui, eu quero ver, passa pra mim…)
O senador reeleito pelo Partido Republicano Brasileiro, o bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) Marcelo Crivella, afiançou que “padre e pastor podem ter dificuldade para pedir votos, mas tiram fácil, fácil”(Não sou o maior fã desse crivela, mas ele tem toda razão… Neste assunto, é claro). Fato é que a batalha furiosa pelo voto dos evangélicos chegou também aos púlpitos e veículos de comunicação de massa que igrejas desse segmento detêm (Daqui em diante meu NVA dispara a valores astronomicos).
O líder da IURD, bispo Edir Macedo, defende a candidatura Dilma Rousseff(até aqui, tudo bem). O pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus, engaja-se na campanha de José Serra (Tudo bem, tambem)… Os dois travam um ferrenho duelo e trocam acusações na internet e em jornais, na defesa dos seus candidatos (Pô, dois Homi di deus fechando o tempo em rede nascional para defender seus candidatos?? Será q não tem nada de estranho por aqui?? continue lendo e confira).
Macedo indagou, no seu blog, o que teria levado Malafaia a trocar de lado nessa eleição. “Para justificar que não apoiaria a candidata Dilma, acusou o PT de ser a favor do aborto e apoiar o casamento de homossexuais. Pronto, o caminho estava aberto para, sabe-se lá (sabe-se lá? ta bom… todo mundo sabe qual o interesse dele, e tambem qual o interesse do Macedo) com que interesse, apoiar o candidato Serra”, afirmou o bispo Edir, lembrando, ainda, que a esposa do candidato do PSDB, Mônica Serra, teria feito um aborto.(essa o Serra ficou de explicar, mas acho q a bolinha de papel afetou a memoria hehehe)
O troco veio com uma postagem de Malafaia no youtube, chamando Macedo de mentiroso e vendido ao governo. “Você tem gasto bilhões, dízimo e ofertas do povo de Deus, que você tem injetado na televisão para promover prostituição, adultério, homossexualismo, sensualidade, assassinato e roubo. Sua TV é um lixo moral”, acusou.(Haduken… )
Na entrevista que concedeu ao Instituto Humanitas, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), o professor Leonildo Silveira Campos relatou que em alguns templos evangélicos foi instalado telão às vésperas das eleições de 3 de outubro e o pastor projetou filme com cenas de aborto e outros temas explorados pela nova direita, (Ué… todo mundo diz pra mim q o termo “direita” e “esquerda” caiu em desuso… será q estão querendo me esconder alguma coisa?! ) evangélica e católica.(ah… igual a direita protestante estadosunidenses, q proibe casamento homossexual mas promove pena de morte e a invasão do Iraque… entendo bem os valores do reino deles! =S )
Quatro denominações – Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, IURD e Evangelho Quadrangular – concentram 80% dos evangélicos brasileiros. “São raros os casos em que um fiel frequente exclusivamente os templos de uma igreja”, escreveu o repórter Diego Viana, do jornal Valor Econômico, na matéria “Andar com fé eu vou”.
Para o historiador André Egg, (se chamar “EGG” é tenso… o cara deve ter sido muito zuado no primeiro grau, heim) a migração interna entre igrejas evangélicas é mais relevante do que o diálogo ecumênico entre elas. Na mobilidade também residiria a dificuldade de pastor ou bispo “indicar” em quem o fiel deve votar.
Na avaliação do jornalista Moisés Sbardelotto, mestrando em Comunicação Social pela Unisinos, a discussão religiosa nesse período eleitoral mostrou-se “extremamente reacionária e conservadora, apelando para aspectos medievais de um debate que, no fundo, é do âmbito científico, bioético. A religião acabou se destacando como ‘a porta dos desesperados’ (falando nisso, viram q o malandro saiu d’A FAZENDA ONTEM??) políticos, um último recurso – e totalmente desvirtuado – para a vitória política.”
Sbardelatto não acredita que o tema religioso tenha sido a “pauta definidora” do segundo turno, embora admita que religião é um tema importante na sociedade brasileira, relevante, mas não definidor.
Ele trouxe à discussão pergunta interessante: afinal de contas, de que religião se está falando ao discorrer sobre religião? “Pelo que pude observar, estamos falando apenas de setores específicos das igrejas cristãs, especialmente das evangélicas, neopentecostais e católica. A pauta das religiões de matriz africana, por exemplo, foi debatida ou ao menos ouvida?” – indagou. (e esses caras tem representatividade forte em NUMERO DE VOTOS? quando tiverem, serão ouvidos, fatalmente essa é a DEMOcracia brasileira =S)
Não só a pauta das religiões africanas, de igrejas históricas também. Mais comedidos e cientes da responsabilidade que assumem quando falam em nome de suas igrejas, líderes evangélicos históricos recomendam a análise das propostas dos candidatos e dos seus partidos, enfatizando que o voto é livre e deve ser depositado segundo a consciência do eleitor.(aplausos para a ultima frase)
O pastor Sandro Amadeu Cerveira, da Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, confessou que talvez tenha falhado nessas eleições, porque ele ficou com a impressão “de ter feito pouco para desconstruir ou pelo menos problematizar a onda de boataria e os posicionamentos ‘ungidos’ de alguns caciques evangélicos”.
Certo é que não há homogeneidade no voto evangélico. Ele não parece ter o peso que a mídia pretende que tenha. (Falar em midia no Brasil é facil, vc tem apenas 3 opções para escolher… TENSO!) O sociólogo Pedro Ribeiro de Oliveira relativizou a importância do voto evangélico. Ele lembrou que muitos bispos e pastores evangélicos foram candidatos, mas não se elegeram.
A baixaria no processo eleitoral delimitou o campo de batalha entre o PSDB e o PT no segundo turno, numa briga em que evangélicos também entraram e desempenham um papel na arena política. Mas a um preço elevado, de agressões mútuas, que descarta completamente a admoestação de Jesus para que todos os que Nele crêem sejam um. (Ultimo paragrafo merece aplausos tambem…)
Fonte: ALC / Gospel+