Em nome de Deus, aquele que permitiu que qualquer um fale em seu nome (qualquer coisa, na verdade, de jumentos — Números XXII — a pedras — Lucas XIX 40), eu vos falo que: Deus nunca quis um Estado, não quis um presidente, não quis um parlamento e muito menos um presidente da câmara envolvido em escândalos que envolve tesouros que definitivamente serão comidos pela traça e pela ferrugem (Mateus VI 19).
Deus quis que seu povo simplesmente o seguisse. Tanto que ficou decepcionado quando Seu povo exigiu um rei (I Samuel VIII 6-9). Mas Deus, sabendo que era maior que qualquer coisa, não se sentiu ameaçado pelo desejo dos homens. Junto com o reis logo enviou profetas e esses sempre foram a voz do vento que soprava em corações bondosos a caminhos loucos e absurdos que não fazem sentido para a pequena mente humana.
Nesses dias em que a política brasileira anda fervendo cabe lembrar dos juízes, dos reis e dos profetas que habitam no nosso livro sagrado e ver que Deus não quer que ninguém governe sobre seu povo a não ser ele mesmo (Jo XIV 6).
O inimigo, meus amigos, não habita na câmara, no palácio da alvorada, ou em qualquer lugar longe e distante sobre o qual não temos nenhum controle. O inimigo está na minha frente, toda vez que eu me olho no seu espelho*.
Ainda é tempo de percebermos qual nosso papel nessa balbúrdia que pouca influência tem em nossa segunda feira. Ainda é tempo de sermos nós mesmos a solução para um Brasil melhor. Ainda é tempo de deixar os discursos de ódio e escárnio para o outro lado (seja qual for o lado) e agir com misericórdia e amor. Pois foi assim que nosso Deus sempre agiu (inclusive conosco).
Clamo aos céus que as mulheres e homens de Deus ajam com ternura, vivam com amor, que não se deixem levar pelo lobos em pele ovelha que homenageiam torturadores sanguinários e que dividem o mal informado povo evangélico em pró ou contra, direita e esquerda, coxinhas e comunistas. Eles não representam a Deus, são porém causadores de discórdia (Lucas XI 17).
Nós, meus irmãos, somos muito mais do que isso.
Está na hora de lutarmos o bom combate. Está na hora de agir como aquele que veio para ser sacrifício vivo e sacrificar nossos parcos e pobres ideais. Está na hora de dividirmos a mesa, partir o pão e conversar. O órfão e a viúva choram de fome pois estamos distraídos pela voz de William Bonner, nos preocupando com aquilo que não temos a menor chance de influenciar.
Deus escolheu seu povo para sermos nós a justiça que se pauta pela misericórdia.
Aqueles que esperam que o governo represente a Deus pecam pois são mornos (Apocalipse III 15-16). Estão sentados esperando que outro alguém faça aquilo que é sua tarefa (MT XXV 31-46).
É a minha mão que deve se sujar de barro e não a dos governantes. Cabe a mim não ser corrupto. Cabe a mim mudar a economia. Cabe a mim melhorar a saúde. Cabe a mim educar melhor. Cabe a mim ter vergonha na cara e assumir que o problema sou eu.
Que Deus nos abençoe. Estamos precisando.