Meu nome é Giancarlo Marx e hoje eu vou falar sobre o tema: Estamos em Paz.
No episódio passado eu falei um pouco aqui sobre a guerra espiritual em que estamos alistados e para a qual precisamos da “armadura de Deus” descrita no clássico texto de Efésios 6:14-17. Se você ainda não ouviu, pause agora este episódio, corra lá e depois retorne aqui. É essencial pra entender aquilo que vamos conversar hoje. Pode ir que eu espero. 😉
Bom, então se você tá escutando isso aqui eu imagino que já ouviu o episódio anterior e entendeu quem são e onde estão os principados e potestades deste mundo de trevas.
Mas então se a minha potestade não é o meu patrão, meu vizinho, meu professor, aquele político de quem eu discordo ou até mesmo qualquer outra pessoa fora de mim, como é que eu devo lidar com essas pessoas que parece até que vivem simplesmente para me azucrinar?
Primeiro precisamos partir da ideia de um Deus perdoador, misericordioso, compassivo, longânimo, tardio em irar-se, e por aí vai.
Você se lembra da fala do profeta Jonas, frustrado, depois de Deus poupar a violentíssima cidade de Nínive?
“Antes de eu sair de casa, não foi isso que eu disse que tu farias, ó Senhor? Por esse motivo fugi para Társis! Sabia que és Deus misericordioso e compassivo, lento para se irar e cheio de amor. Estás pronto a voltar atrás e não trazer calamidade.”
O profeta já sabia que Deus provavelmente perdoaria os ninivitas. Mas o texto dá a entender que Jonas não estava tão disposto assim a perdoá-los (ainda que eles não tivessem feito nada contra ele objetivamente).
Uma das histórias mais clássicas dos quadrinhos dos X-Men se chama Deus Ama, o Homem Mata. A história fala sobre um inimigo que aflige tanto os X-Men quanto seu arqui-inimigo Magneto. Um grupo extremista chamado Cruzada Stryker, que visa exterminar ambos em nome de Deus.
Sim, a história se parece com a realidade. Mas isso não precisa ser assim.
Qualquer criança, filho de crente, conhece João 3:16 e cor:
“Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Infelizmente não são tantos os adultos que conhecem um texto similar, em I João 3:16:
“Sabemos o que é o amor porque Jesus deu sua vida por nós. Portanto, também devemos dar nossa vida por nossos irmãos.”
Uma vez alcançados pelo perdão e pelo amor de Cristo, a nossa resposta não deveria ser outra senão a de manifestar este mesmo amor e perdão a quem quer que nos ofenda. Aliás, é isso que dizemos na oração do Pai Nosso, né?
“Perdoa as nossas ofensas…”
E ao fim da oração Jesus deixa muito clara a relação entre perdoar e ser perdoado.
“Seu Pai celestial os perdoará se perdoarem aqueles que pecam contra vocês. Mas, se vocês se recusarem a perdoar os outros, seu Pai não perdoará seus pecados.”
Se por um lado precisamos estar em guerra contra nossa velha natureza, por outro lado o evangelho nos convida a celebrar a paz com todas as demais pessoas. Não que elas mereçam. Não que nós mereçamos. Mas sim porque Deus já perdoou as dívidas de ambos e nos convidou a sermos embaixadores desta reconciliação.
Um forte abraço e até o próximo Ampulheta.
PARTICIPANTES:
– Giancarlo Marx
COISAS ÚTEIS:
– Duração: 05m27s
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– Todos os “Ampulheta”
CITADOS NO PROGRAMA:
– Podcast “Estamos em Guerra! | Ampulheta 72”
– Efésios 6:14-17
– Jonas 4:11
– HQ “X-Men: Deus Ama o Homem Mata” de Chris Claremont e Brent Anderson
– João 3:16
– I João 3:16
– Mateus 6:14-15
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