Meu nome é Giancarlo Marx e hoje eu vou falar sobre o tema Pureza e Impureza.
Você já parou pra pensar como seria ver as coisas da perspectiva de Deus? Eu sempre me pego refletindo sobre isso. Principalmente quando sou confrontado com meu próprio juízo de valor. Semana passada, por exemplo, conversando com meus sogros, confessei-lhes um pecado: Tenho dificuldade em levar a sério pastores vestidos de terno e gravata.
É um erro meu, eu sei. Poderia justificá-lo como faço com tantos outros de meus pecados mais sujos. Mas o fato é que assim que vejo o tal pregador engomadinho subir ao púlpito parece que a vestimenta formal se projeta como uma imensa muralha impedindo o acesso à minha mente. Imediatamente meu coração se fecha, e na testa do dito cujo quase posso ler perfeitamente: hipócrita.
Nessas horas me lembro do profeta Samuel, enviado por Deus para ungir o novo rei de Israel, impressionado diante do belo e atlético Eliabe. Certamente o cara era digno de respeito. Merecia ser rei.
O SENHOR, porém, disse a Samuel: “Não o julgue pela aparência nem pela altura, pois eu o rejeitei. O SENHOR não vê as coisas como o ser humano as vê. As pessoas julgam pela aparência exterior, mas o SENHOR olha para o coração.” – 1 Samuel 16:7
Sabe o que é mais engraçado? É que eu sempre uso esse texto pra desqualificar os engravatados. Afinal, a aparência de autoridade não torna ninguém notável, não é mesmo?
Mas vem cá. Quem garante que o meu julgamento está alinhado com o de Deus? Seria eu o único ser humano na face da terra capaz de olhar o coração, não contaminando meu julgamento pra aparência exterior? Ou estaria eu apenas atribuindo um outro significado para o mesmo elemento que para muitos é sinônimo de autoridade? Se pra uns a gravata é unção, pra mim é carnalidade? Será que uma tripa de tecido tem mesmo todo este poder?
Tá bom. Já entendi que a boa aparência não revela o que é puro, mas que também não determina o que é impuro. Então me vem à mente uma outra fala de Deus, desta vez ao apóstolo Pedro.
“Não chame de impuro o que Deus purificou.” – Atos 11:9
Quantas vezes tenho tratado como impuras pessoas que foram tornadas puras por meio do sacrifício vicário de Jesus? Quantas vezes tenho me afastado daqueles aos quais Jesus se aproximou?
Ouvi esses dias atrás de um irmão querido chamado Matheus Lapchenski (ou Lap, para os íntimos) algo mais ou menos assim: “Prefiro correr o risco de tratar como irmãos os que não são, do que correr o risco de não tratar como irmãos os que são”.
Tenho que concordar.
E se a pureza é providência da graça divina, quem sou eu pra dizer a quem ela deve ou não abraçar? Pelo jeito este episódio vai ter mais perguntas do que respostas. Que bom, né?
Um forte abraço e até o próximo Ampulheta.
PARTICIPANTES:
– Giancarlo Marx
COISAS ÚTEIS:
– Duração: 04m20s
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CITADOS NO PROGRAMA:
– 1 Samuel 16:7
– Atos 11:9
– Matheus Lapchenski
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