O Ampulheta de hoje vai começar de um jeito diferente. Pense rápido em três atributos de Deus. Você tem cinco segundos.
Pensou? Deixa eu ver se consigo adivinhar quais foram os que você lembrou. É bem provável que tenha lhe ocorrido a tríade clássica: onipotência, onipresença e onisciência. Talvez algo ligado a justiça, amor, ou quem sabe ambos: Graça. Acertei?
Mas é bem pouco provável que tenha pensado no atributo que vou falar aqui.
Meu nome é Giancarlo Marx e hoje eu vou falar sobre o tema O Deus Tolerante.
A história de Jonas relata de maneira bastante peculiar um atributo divino quase sempre negligenciado. A mensagem central do livro parece ser: Deus é compassivo. Que é uma forma mais rebuscada de dizer que Ele é tolerante.
Se você não conhece essa história fica aqui a dica. São só quatro capítulos curtinhos que narram desde a missão dada por Deus ao profeta até a completa conversão de Nínive, uma importante cidade que chegou a ser capital do império Assírio.
Na narrativa, quando Deus perdoa os habitantes de Nínive (sim, isso é um spoiler), Jonas faz a seguinte oração:
“Antes de eu sair de casa, não foi isso que eu disse que tu farias, ó SENHOR? Por esse motivo fugi para Társis! Sabia que és Deus misericordioso e compassivo, lento para se irar e cheio de amor. Estás pronto a voltar atrás e não trazer calamidade. Agora tira minha vida, SENHOR! Para mim é melhor morrer que viver desse modo” – Jonas 4:2-3
A julgar por esta oração, a tolerância de Deus deve ter incomodado muito o profeta, não é mesmo? E não parece ser muito diferente com os profetas dos nossos dias.
Quando falamos em tolerância religiosa, frequentemente soa como se estivéssemos falando em secularização. Não é nada incomum o termo “tolerante” ser usado como um atributo negativo. Um defeito mesmo. Como um sinônimo de “permissivo”. Enquanto que “intolerante” ganhou status de virtude. Como se representasse o mesmo que “ortodoxo”.
Mas partindo desta compreensão de que Deus é tolerante, ou “compassivo”, pra honrar aqui a versão Almeida, podemos suscitar a seguinte questão: Você consegue imaginar um rei justo e caridoso sendo representado por uma nobreza formada quase que completamente por déspotas raivosos?
Como embaixadores da Luz somos chamados a sinalizar o Reino de Deus a partir da manifestação dos atributos do Rei. Não de nossas próprias preferências ou daquilo que nos traz conforto. E um desses atributos divinos é exatamente a tolerância, conforme vimos na história de Jonas e em diversas outras passagens bíblicas.
Tolerar não é o mesmo que concordar. Mas é tratar o próximo do modo que você gostaria de ser tratado por ele. Algo bem parecido com aquilo que Jesus diz ser o maior de todos os mandamentos.
Sobre este tema, o grande teólogo Timothy Keller escreveu recentemente em sua conta no Facebook: “A tolerância não é sobre não ter crenças. Mas sim sobre como as tuas crenças te levam a tratar as pessoas que discordam de você.”
Pare e pense. E se Deus não tivesse sido tolerante com você? Se um belo dia ele resolvesse ser intolerante, onde você estaria hoje?
Um forte abraço e até o próximo Ampulheta.
PARTICIPANTES:
– Giancarlo Marx
COISAS ÚTEIS:
– Duração: 04m57s
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CITADOS NO PROGRAMA:
– Livro de Jonas
– Jonas 4:2-3
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– O Deus Tolerante | Ampulheta 23
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