─ Permitam-me falar de minha formação acadêmica antes de compartilhar o Evangelho convosco – disse, com voz de radialista, o teólogo à congregação.
─ Eu não tenho teologia, irmãos. O que trago comigo é o Evangelho puro – disse, com voz de político falando ao microfone em um palanque, o pastor leigo.
─ Eu não sou pastor, não tenho teologia, não tenho qualquer título. Eu tenho a verdade – disse o homem que se intitula “sem títulos” e que possui a verdade.
─ Nasci em lar cristão e nunca me desviei – disse o filho do crente desviado da graça mas não do rito.
─ Nasci em lar cristão, me desviei por um tempo, mas voltei porque nunca perdi o temor – disse o que desviou sem se desviar.
─ Vivi muito tempo “mundão”, mas já tenho mais experiência que muita gente que nasceu na igreja – disse o tal que chegou para humilhar o inferno e… os irmãos?!
─ Sou da igreja que completará 150 anos em agosto. Nunca me rendi a estas “mordernices”.
─ Sou da igreja que possui três mil membros, porque lá não estamos parados brincando de igreja.
─ Sou da igreja “sem nome”. Esse sistema religioso diabólico não me toca mais.
─ Desde os quinze anos fui colocado por Deus no altar para pregar o Evangelho.
─ Graças a Deus, nunca precisei de um púlpito para pregar, pois prego o Evangelho em cada ação ou palavra do meu cotidiano.
─ Meu pastor é o presidente da Convenção, fundador da primeira igreja da cidade e ordenado pelo primeiro missionário de nossa denominação que chegou ao Brasil.
─ Nunca precisei de ninguém.
─ Graças a Deus, sou reformado!
─ Graças a Deus, não sou reformado!
─ Eu sou do fogo, ungido e separado como vaso de honra.
─ Não prego uma palavra que não esteja na Escritura.
─ Quem tem revelação não precisa de toda essa “letra”.
─ Desde o dia em que aceitei Jesus, nunca deixei de orar por um só dia.
─ Nunca fui de orar muito, mas Deus sabe como é bom o meu coração.
─ Eu sou o mais pecador, o mais miserável de todos, o pior de todos os homens, o mais dependente da graça… – disse o cara que não convenceu.
─ Eu canto assim porque para Deus temos que dar o melhor.
─ Eu toco mal, mas isso não importa porque Deus olha para o coração e não para a técnica. Melhor tocar mal do que tocar como esses “estrelinhas”.
─ …
O texto de hoje da coluna #PostDoLeitor foi do amigo Saulo Kohler.
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