“Emenda XIII
‘Seção 1′
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.
‘Seção 2′
O Congresso terá competência para fazer executar este artigo por meio das leis necessárias“
A Décima Terceira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, aprovada pelo Senado em 8 de abril de 1864, aprovada pela Câmara dos Representantes em 31 de janeiro de 1865 e adotada formalmente em 6 de dezembro de 1865, poderia ser comparado à Lei Áurea aqui no Brasil, por abolira escravidão e servidão involuntária, em todo o território estado-unidense, pelo menos num documento, pois na prática, homens e mulheres negras ainda são, mais de 150 anos depois, visivelmente tratados de maneira diferente.
Na minha leitura bíblica, (e quero ressaltar para todos que não sou teólogo nem especialista em bíblia) é completamente impossível que uma pessoa assuma posturas racistas e reivindique para si o titulo de CRISTÃO, claro, mas a questão é mais complexa do que deixar de fazer piadinhas ou desconfiar de pessoas negras, trata-se de uma construção cultural que está enraizada em cada um de nós e que não mudará de uma hora para outra apenas com boa vontade, requer destruição de uma mentalidade antiga e reconstrução de uma nova.
Tive a honra de receber o João bigon para conversarmos um pouco sobre essa questão aqui, no teologia de boteco.
Mas hoje, pude ver, na NETFLIX um documentário que trata dessa questão, e como a marginalização dos negros tem sindo sistemática na cultura e economia norte americana e está diretamente ligada com o crescimento da população carceraria, relatada por eles mesmo.
O Filme é A 13a. Emenda (https://www.netflix.com/title/80091741)
O filme tem cenas fortes de violência, que na minha modesta opinião, são necessárias e não mais violentas do que a segregação que o povo negro sofre desde que, raptados e trazidos a força para a América como instrumentos de enriquecimento de famílias que ainda hoje colhem os frutos dessa violência sem ter nenhuma intenção de ressarcir os danos.