É natural que uma fé como o cristianismo, que já foi usado como desculpa apara muitas atrocidades ao longo da historia do mundo, gere hoje em dia, sátiras por parte daqueles que se julgam oprimidos por ele ou seus supostos defensores e essa não é uma realidade APENAS no CRISTIANISMO, mas como muitas outras correntes de pensamentos, como o comunismo, a as muitas mortes que aconteceram nas revoluções que objetivavam a instauração desse sistema, o capitalismo e as milhares de pessoas que são afetadas direta e indiretamente pela agressividade do mercado todos os dias, o machismo que ainda hoje é causa de todo tipo de violência contra homens e mulheres no mundo inteiro, o racismo e o indiscutível problema racial ao longo de todo o planeta, etc. Entretanto é preciso evidenciar aqui que no cristianismo há muito mais a se debater do que em outras correntes, pelo menos pra mim, que sou cristão. Assim acredito que o “oferecer a outra face” não implica em apenas aceitar ser ridicularizado e desprezado pelo “mundo”, mas em apresentar ao mundo, supostamente ofendido com essa religião, a OUTRA FACE DO CRISTIANISMO, e os incontáveis exemplos de cristãos que são responsáveis por revoluções culturais e sociais ao longo da mesma historia do mundo.Não podemos crer nem ter a esperança que as pessoas que discordam ou até militam contra nossa fé, irão, de um dia para o outro, parar de ridicularizar o cristianismo, antes, nossa luta deve ser no sentido de TORNAR RIDÍCULO O ATO DE RIDICULARIZAR O CRISTIANISMO, fazendo com que a fé cristã seja algo vital para a sociedade e não este grupinho fechado que só luta em causa própria. Segundo C.S.Lewis, “A igreja é a única organização que existe primariamente para benefício dos não-membros” e enquanto estivermos lutando apenas por nós mesmo não seremos, efetivamente, igreja e inevitavelmente, seremos alvo de piadas .No caso França, com os atentados ao Charlie Hebdo, onde alguns cartunistas criavam charges que ridicularizavam a fé islâmica, podemos observar exatamente o fruto de uma mistura muito perigosa: fanatismo religioso, intolerância de ambas as partes, opressão imperialista e revolta dos oprimidos. Por mais que essa historia anda esteja muito mal contada é impossivel desvincular o ocorrido ao fato de que Cherif e Said Kouachi origem argelina (segundo a própria policia francesa) e a Argélia, como muitos sabem é o palco de uma guerra que durou cerca de 6 anos, por independência, e ceifou aproximadamente 1 milhão de muçulmanos árabes e milhares de mulheres e homens franceses sem qualquer resolução. A direita francesa fica com os olhos brilhando pois pode começar a temporada de caça ao islã, colocando pais de família, crianças em idade escolar e senhoras idosas no mesmo saco que terroristas organizados em células internacionais e passam a foice pela raiz, alardeando que o problema da sociedade francesa é, sobre tudo, o islã, ignorando as mortes, as invasões e toda a violência que outrora os franceses deixaram pela Argélia e outras colonias. nenhuma morte se justifica assim, nem a dos cartunistas que faziam charges desrespeitosas à fé islâmica, nem as mortes proporcionadas pelos fanáticos argelinos e é neste ponto que os cristãos precisam se concentrar.Não posso falar pelo islã, nunca me interessei por estuda-los, mas pelo pouco que li da bíblia, a nossa fé, se basearmos-a em imitar a Cristo, não pode ser vingativa, não pode objetivar seus próprios interesses, coloca-se em segundo plano, de maneira clara, o apostolo Paulo, escreve aos corintios em sua primeira carta destinada a estes, no capitulo 13:
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.
Pra mim, que não sou nenhum especialista em bíblia ou em cristianismo, prefiro creditar que o AMOR é DEUS manifesto em Cristo e consequentemente, o AMAR é o cristianismo, é o tornar-se amor diante dos que nunca puderam compreende-lo. Assim, não vou GENERALIZAR e achar que todos os muçulmanos são como os fanáticos, como faz a extrema direita francesa e nem vou revidar aos ataques à fé cristã como estes fanáticos fizeram, prefiro ser a manifestação de Deus na vida de quem nos ridiculariza no objetivo que por minhas atitudes (que são unicamente mobilizadas pelo Espirito Santo), acabe se tornando ridículo ridicularizar a minha fé.
Um bom exemplo é a atuação dos políticos cristãos, é Obvio que não temos de nos retirar do debate público em nome do secularismo, mas temos que, enquanto cristãos, sermos a luz do mundo e o sal da terra no meio politico… Feliciano é constante alvo de chacotas, mas por exemplo o Carlos Bezerra Jr (@CarlosBezerraJr ) dificilmente será sacaneado por qualquer ateu que honestamente analisar o trabalho que ele realiza contra o trabalho escravo, e trabalho esse, motivado por sua fé em Cristo…
em resposta a duas perguntas no ask.fm/crentassos:
Barba, vc tem acompanhado o ataque terrorista que ocorreu em Paris? Qual sua análise sobre isso?