Quatro perguntas que o religioso vai te fazer (se já não fez). #pastorais

Quatro perguntas que qualquer religioso irá (com certeza) te perguntar (baseado no texto de Marcos 11.27 – 12. 1-34):

 1) Com que autoridade? Porque se você não fizer parte do círculo da boa teologia, dos bons teólogos você não deve ser levado a sério.

Tornou-se lugar comum questionar o que você pensa, fala, discute e escreve a partir dos autores que você gosta, lê e aprecia. Tomam a sua vida, seu passado e seu futuro tomando como base a teologia que supostamente acham que você defende.

Nivelam você, seus amigos, seus animais de estimação e a comunidade que você frequentam pelo circulo teológico que você frequenta. Se você lê um neocalvinista, logo você se tornou um. E quando você cita Leonardo Boff, aff, você é liberal.

2) Com quem você se relaciona ou dá importância: a Deus ou as ‘coisas do mundo’?

Perguntado sobre o imposto de César, Jesus foi categórico ao estabelecer que o reino de Deus está totalmente dissociado dos governos deste presente século. César criou a moeda? Criou o imposto para ser pago com a moeda que ele criou? E a moeda tem o valor que César acha que deve ter? Então resolva com ele.

A minha relação com o Pai independe das coisas que são daqui e as coisas que são dali. Há valores que Ele estabeleceu que sejam transversais. Não posso ser medido pela forma como me relaciono com a vida. Tornar algo em certo ou errado a partir da forma como me relaciono com o que me cerca é reduzir a obra de Deus a um punhado de coisas que nós os evangélicos sacralizamos.

3) Qual o ‘sexo dos anjos’? Ela sempre tentará debater assuntos que não possuem relevância alguma para a vida comum.

Esta é o momento que mais perdemos tempo, em qualquer discussão teológica que não provoque uma mudança de vida, comportamento e libertação é perca de tempo. Paulo adverte Timóteo e Tito a respeito deste tipo de conversa. Gente que quer discutir de que lado fica o trono de Deus no céu, se as ruas são de ouro de onde veio este ouro, da Terra? Marte? Júpter? Valha-me Deus!

4) Como pôr em prática o que você crê? Ela sempre vai dizer que a teologia que ela tanto ama é utopia, deverá ficar apenas no campo das especulações.

Esta pergunta tem um tom de amistosa, mas na boa, não é. Ela é fruto de alguém que está saturado do debate teológico pelo debate (tipo eu). Que tenta a todo custo provocar nas pessoas um tipo de reação que provoque nela também algum tipo de reação. Ela quer encontrar uma razão para continuar a construir a sua teologia só não sabe como por isso insiste em provocar os outros. Estes estão perdidos e tentam encontrar-se. Precisam de ajuda. Só não sabem disso ainda.

 

 

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