Qual nossa principal atribuição dentro do cristianismo? Alguns dizem que muito mais do que moralizadores esporádicos, sal da terra por assim dizer, devemos acima de tudo ser dispersores da graça de Deus mostrando quem realmente somos. Gordon Macdonald, pastor e escritor norte americano, certa vez disse que o mundo pode fazer tudo que a igreja faz, exceto mostrar a graça de Deus. Apesar de haver uma vasta gama de oportunidades diárias para que impacte o mundo com minha vida, normalmente esbarro no campo da fé ou política da boa vizinhança para não fazê-lo. Para minha tristeza Jesus não permitiu que nenhuma instituição interferisse em seu amor por quem quer que fosse, o que me torna muito diferente Dele nesse quesito. Mesmo havendo políticas raciais, religiosas e de gênero bem definidas em sua época, Jesus escolheu uma samaritana de histórico confuso para ser sua primeira missionária. Entre seus discípulos, um Zelote (membro de um partido super patriótico) um cobrador de impostos (visto como traidor por Israel). Teceu elogios públicos a João Batista (adepto de contra cultura), esteve com Nicodemos (Fariseu diligente) e encontrou um centurião romano (WTF??). Ao que parece para Jesus a pessoa era mais importante do que qualquer rótulo. Mas porque não aprendemos com o carpinteiro de Nazaré?
Ao que tudo indica, viver em uma sociedade burocrática e meritocrata tem lá seus espinhos. Somos o que mostramos ser, somos o que temos, somos o que o papel diz que somos. A mais tempo do que gostaria de assumir escrevi um texto sobre o quão seria bom se fossemos, digo diariamente, como somos em nossas carteiras de identificação: Sem maquiagem, sem enganos, nós mesmos para variar. Talvez tenha sido isso que realmente Jesus tenha visto nessas pessoas que citei. Talvez no fundo Ele esteja se importando muito pouco com meus sucessos econômicos ou com meu status e esteja procurando o verdadeiro Alexandre. Tomara que encontre!