“Eu nunca vi um animal selvagem sentir pena de si mesmo, Um pássaro cairá congelado e morto de um galho sem nunca ter sentido pena de si mesmo.”
D. H. Lawrence
Quando entro em sala de aula normalmente gosto de impactar meus alunos no primeiro dia com a seguinte afirmação: “Muitos aqui irão sentir dificuldades para manter o curso, haverá parentes que falecerão, alguns contrairão matrimônio e outros tantos pela jornada dupla e às vezes tripla estarão à beira da estafa física e mental. Tenho um recado para os senhores no que tange a isso: Não estou nem aí!” Sim, parece e é desagradável de minha parte fazer isso, mas a ideia geral em que se fundamenta esta afirmação é que apesar de todas as dificuldades temos que seguir em frente principalmente porque a vida nos mostra resultados e não resumos de nossas histórias pessoais. Pausa para uma pequena e fundamental indagação.
Quando você vê um mendigo na rua se pergunta quais foram os acontecimentos que o levaram até aquela situação?
Quando vê um meliante que acabou de ser preso por assassinar um pobre trabalhador se compadece dele sabendo que não passa de uma vítima da sociedade doentia em que vivemos ou simplesmente deixa isso passar.
Para o clérico você daria pena capital ao saber de alguma maracutaia ou se compadeceria dele por saber que na verdade somos todos vitimas.
O mundo é hostil em sua essência e nas doces palavras de minha amiga Caroline Machado “A vida não mima ninguém”. Tudo que conquistei até hoje me custou tempo, suor e não poucas foram as lágrimas nesse percurso, mas valeu muito apena. Quer um conselho?? Pare de choramingar e elencar culpados para suas desgraças e siga sua vida de maneira que vença ao final pois somente assim o resultado nesse mosaico que chamamos de existência vai fazer valer cada pedaço.