Sobre o cristianismo de uma maneira geral, dizem alguns:
“É impossível questioná-lo ou repensar o papel da igreja, pois estes já estão escritos nas escrituras”
ou ainda mais
“Já estão determinados pela tradição cristã.”
Tanto católicos de todos os tipos quanto protestantes das mais variadas linhas de teologia, afirmariam com toda certeza:
“Não há o que inventar. Somos o que somos e ponto final. Sem novidades e sem descobertas milagrosas, o cristianismo ou a igreja não tem como mudar”
Até um ponto, eu concordo, e realmente, não há nada de novo no cristianismo, pois essa religião, fundamentada nas palavras do simplório carpinteiro de Nazaré e seus amigos, percorreu, bem ou mal, milênios e quilômetros até encontrar oq hj chamamos de igreja, entretanto discordo no ponto onde afirmam q não há nada q devamos descobrir no cristianismo e isso protesto, por constatar, empiricamente, que a maioria dos freqüentadores de igreja são justamente e infelizmente apenas isso, freqüentadores de igreja e não quero afirmar q isso seja, como proporiam alguns radicais, ruim em si mesmo, pelo contrário, freqüentar igrejas, pode ser muito positivo para o individuo e para a comunidade, o ponto q quero esclarecer é apenas q estar numa igreja como objetivo de cristianismo é no mínimo venenoso tanto para os cristãos quanto para os não cristãos. Assim, vejo q os fundamentos do cristianismo, ilustrados nas palavras de Jesus que os quatro evangelistas deixaram grafados para a eternidade não são mais o fundamento da igreja moderna, salvo os equívocos que toda a generalização obrigatoriamente trás.
Mas vamos conversar um pouco sobre biologia, geografia e história. Quando os primeiros europeus chegaram na Austrália, deparou-se com um animalzinho que dispensa apresentações, o ornitorrinco, bichinho este q é a mistura de um pato com um castor, que bota ovos e é mamífero, os relatos aos q ficaram no velho mundo, por ocasião do retorno dos aventureiros, parecia nada menos q alucinação causada pela longa viagem ou algum tipo de magia dos nativos q enlouqueceu os marujos, pois na cabeça deles, não havia a possibilidade de um animal com tais características surgir assim, como de uma cartola evolucionista, sem mais nem menos, sem referencia alguma, e cair no colo dos pais da ciência, sim, os donos da sabedoria universal, os Europeus… Impossível que esse animal surgisse assim. O fato é q o ornitorrinco não surgiu, ele sempre existiu, mas nunca um homem branco havia tido contato com ele, assim, dentro do seu mundinho fechado de explorador europeu, não passava de uma loucura propor a existência de tal, entretanto, existiu… Escondido e protegido do restante do mundo, um animal q ninguém poderia imaginar, e que mesmo q viu pela primeira vez teve dificuldade em explicar, o fato é que existiu. Hoje, vivemos um momento parecido, onde muitos estão alegando a existência de um ornitorrinco teológico q é inexplicável, mas não é uma invenção, ele sempre existiu, protegido e guardado nas linhas do texto bíblico mas os reacionários da igreja teimam em insistir que de maneira alguma poderá existir esse Ornitorrinco Teológico e não o fazem por falta de fé ou por não serem cristãos, mas simplesmente por não haver qualquer lógica na proposta explicitada de uma igreja q promova liberdade, autonomia, quebra de paradigma e até rebeldia contra um sistema que é o oposto do sistema proposto pelo carpinteiro marginal de Nazaré.
Concluo, afirmando que as explicações não são suficientes e nunca poderão dar conta da incapacidade de abstração q um sistema castrador e sufocante de um cristianismo de castas sustentado por erros sobre erros ao longo da historia da igreja nos enfiou , guéla abaixo e que precisamos urgentemente é trazer até os olhos de quem ainda não viu, não entendeu e nem acreditou, nada mais nada menos que o próprio Ornitorrinco Teológico, e com ele em mãos, perguntar novamente a todos os que não conseguem olhar para o outro lado: Agora você acredita q ele existe?