É muito fácil ser azul entre os azuis. Todos eles, lado a lado, ficam homogêneos. Dá pra ser azul plenamente, sem medo de ser feliz, afinal, há praticamente unanimidade tonal.
Aí, um belo dia, é necessário ser azul entre os roxos. Bom, não é tão difícil assim, pode até haver um choque aqui e outro ali, só que dá pra levar. Entre os verdes é o mesmo. Entretanto, o azul só se sente realmente confortável quando o roxo e o verde tendem mais ao azul do que ao amarelo e vermelho.
Então, chegamos ao problema: e ser azul entre os amarelos e laranjas?
Como manter a tonalidade e pureza de cor em meio a cores contrastantes?
Por que manter a essência da cor, você até poderia perguntar…
Por que sair do conforto da unanimidade para se aventurar no contraste?
Simplesmente porque ser azul entre os azuis é fácil demais e sem graça deveras. O Reino precisa de todas as cores reunidas. Além de ficar mais bonito, quando as cores são luz, todas juntas produzem o branco. E esse é o objetivo de ser cor: somar com outras cores. A graça de ser azul ou laranja só é sentida com o contraste.
E pode ter certeza: o Reino será bonitamente colorido.
Fiquem na paz!