Cristianismo, em todas suas vertentes, tem coisas curiosas:
Temos a crença convicta que temos uma fé monoteísta, que Deus se fez homem e habitou entre nós, e morreu por nós, porém.
Vemos um líder eclesiástico, que é muito popular em seu meio. Alguns dizem que faz até milagres. Inclusive, pelo falar de alguns, parece se tratar do representante oficial de Cristo na Terra. E ai de quem questionar coerentemente o que ele diz! Mas enfim, ele chega em nossa pátria, uma multidão o recepciona, milhares querem tirar foto com ele, apertar a mão, e todas essas coisas. Praticamente um popstar da fé. Querido pelas autoridades, praticamente um chefe de estado! Uma mística e misteriosa fusão de política com religião.
E todo o discurso do início do texto parece cair por terra quando vemos isto.
E você, que tá achando que tô falando do Giorgio Bergoglio, também conhecido como Papa Francisco, releia o parágrafo com, digamos assim, uma ótica mais neutra.
Veja como encaixa perfeitamente com aquele cantor gospel (que em muitos casos também são pastores) que canta qualquer besteira e a galera ama. Como se encaixa com aquele pastor-deputado que faz conferências pelo Brasil, falando um monte de asneira, e que recebe apoio pelo simples fato de ter um título pastoral. Como se encaixa direitinho com aquele bispo/apóstolo/pastor gringo que faz geral cair e girar e é tratado como “o ungido, não toquem nele!”. E também encaixa com muito pastor conferencista reformado também, pra falar de cristianismo ando vendo mais teólogo sendo citado do que o manual de fé e prática da fé cristã (lembra? Uma tal de Bíblia e tal…).
Não é a igreja enquanto instituição religiosa que é idólatra. Nós mesmos temos tendência braba pra criar um ídolo pra chamar de seu, guardar na caixinha e admirar sempre. Não tem problema algum em admirar aquele conferencista, pastor, bispo, ou papa. Só que a bagaça começa a ficar incoerente quando a gente fala que adora só a Cristo e bota mais importância na nossa vida o que um outro cara qualquer fala.
Aliás, idolatria vai além disso e acho que não é difícil de concluir 😉
(Sim, post inspirado neste post do menino Surian)