Um cutucão

Isso tudo me aconteceu num lapso, uma falha de tempo.
Entrei num universo estranho, nesse lapso. Em meu universo foi questão de segundos, mas, sabe quando a gente entra em outro tempo e ele demora pra correr? Então.
A correria na qual mergulhamos nossos universos anestesia nossa sensibilidade. Há tanto o que explorar e conhecer dentro dos paralelos dessa gente que nos orbita! Aliás, somos orbitantes de outros mundos e quando exorbitamos em enxergar somente o eixo do nosso mundo, perdemos de interseccionar estrelas em comuns. Perdemos de renovar os ares, de visitar planetas dantes esquecidos. Fica monótono, gaseificadamente sem novidades, geladamente igual.
Entretanto, um chacoalhão (bem dado), sutilmente direcionado, pode nos fazer reparar na beleza de outra vida (que não a sua própria).
Não precisou de muito pra fazer-me pensar. Foi tal um cutucãozinho. E nossos universos, em alguns segundos, talvez um minuto ou dois, entraram em confluência. Uma vez convergidos, os universos nunca mais são os mesmos. A experiência marca.
Foi mais ou menos assim:
Eu: Oi, fala
Ele: Tira foto!
Eu: De você?
Ele: É!
Eu:  Então dá um sorriso, moleque!
Universo em expansão, sempre renovando-se. A gente aprende que não precisa ter muitas estrelas pra ser um universo bonito. Ou que a quantidade de planetas não quer dizer nada sobre a diversidade dentro de si. Esse sorriso sincero cruzou minha galáxia naquele momento, sorrindo pra criança interior, pro Pequeno Príncipe e sua querida rosa. Algo simples por uma coisa mais natural que tudo!
Os universos de fora, nada viram de diferente. Talvez apenas tenha conquistado a simpatia do pequeno. Ainda acho que a mudança maior foi dentro de mim. Uma alegria, a vontade de repetir essa alegria sempre e com mais gente. Muitas vezes não podemos ajudar no que queremos. Mas devemos ajudar no que podemos.
É isso, obrigada, guri!

um cutucãoFiquem na paz!

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