Não há oq dizer… cada dia mais, ou melhor, cada dia menos, nós cristãos nos parecemos com Jesus ou melhor com o objetivo de Cristo nos cristãos. Somos cada dia menos nós e cada dia mais EU… somos uma multidão de EU’s, multidão de solitários querendo achar um ponto em comum nos muitos outros EU’s distintos do EU mesmo… Quem sou EU, quem somos EU’s.
Na busca de familiaridades entre EU e os outros EU’s, buscamos desesperadamente algo em que nos firmar, como um náufrago busca um pedaço do navio naufragado, nós buscamos um caco da igreja onde nos apoiarmos, na pureza sexual, na abstinência do álcool, no intelectualismo teologico, na espiritualidade vazia e sem valor nenhum, a não ser é claro, para o EU, ou para cada um dos EU’s na mesma situação…
Desesperado EU grito, alguem ai pode ajudar EU? Outro EU lá do outro lado manda EU ficar em silencio, pois o grito deste outro EU não pode ser ouvido em competição com o grito do meu EU, e nisso começamos um interminável debate teológico, sobre que é mais santo, EU ou o outro EU, Eu grito afirmando q sou predestinado e o outro EU grita, afirmando q seu livre arbítrio é que definiu a salvação do EU… Salvação!? E em meio a tantos gritos, EU finjo que estou com tudo sob controle, com minha fé, minha igreja, minha carreira, meu EU enquanto o outro EU faz o mesmo lá, distante onde eu nem consigo enxerga-lo, apenas ouço a sua voz, que insiste em dizer q a verdade do seu EU é superior à do meu EU.
EU… Gritando aqui enquanto o barco enche de agua… EU falando de teologia enquanto preciso de ajuda do outro EU lá longe, mas não admito que EU cristão protestante preciso de ajuda de um outro EU cristão protestante preciso de ajuda de um outro EU cristão protestante… Uma dizima periódica de arrogância que leva o EU ao infinito… Infinito?!
EU não sou nada… o outro EU não é nada… ou melhor, somos o mesmo EU…
“(…) E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Mateus 22, sobre como devo me portar quanto aos tantos EU’s espalhados por ai… como EU devo me portar!