Pensando um pouco sobre discipulado…

discipulo

Dentro das igrejas contemporâneas você encontra todo e qualquer tipo de pessoa, independentemente de cor, raça, gênero.

Temos o branco e tem o pardo, tem o caucasiano e o oriental, tem o hetero e o homo, você encontra de tudo.

Mas o que tá difícil mesmo de encontrar são os discípulos.

Lembrando da parábola do jovem rico (Mc 10:17-31) você consegue perceber que existe um pouco dele em todos os lugares, inclusive em nós.

Existem pessoas que O tem buscado apenas para seu deleite material, sem querer a vida eterna, apenas a vida aqui e agora. [Pelo menos o jovem foi buscar a vida eterna!].

Pessoas que aprendem desde cedo que existe uma regra de conduta, baseada na lei e que procuram seguir atentamente para ela para “acionar” Deus. Na maioria, buscam conforto material.

Não que eu seja contrário a isso, se olharmos para o Velho Testamento veremos que as riquezas eram sinais das bênçãos de Deus. Basta lembrar a Jó.

Jesus mesmo não condena a riqueza, mesmo porque a Palavra de Deus diz que Ele amou aquele jovem rico.

O grande problema nessa parábola é que o jovem não entendeu que para poder ser discípulo, teria que abdicar de si mesmo. Mas ele estava tomado pelo amor às suas riquezas.

Jesus condenou aqueles que confiam nelas e não a quem as possuía. O Reino de Deus está reservado para aqueles, mesmo sendo ricos, que confiam única e exclusivamente em Deus.

Já vi pessoas que declaram que gostariam de fazer a obra missionária, mas que não possuem condições para fazê-lo. Não duvido da intenção do coração dessas pessoas, mas muitas delas possuem seus carros novos, suas casas, investimentos e poupanças, mas que não dispõem delas para fazer disso um recurso para a obra que diz querer fazer.

Tem pessoas que trocam de carro todos os anos e até possuem poupanças especificas para isso, mas que não investem nada em obras de propagação do Evangelho.

Pessoas que não querem ser discípulos, que não querem largar o seu “eu” para caminhar ao lado do Senhor.

Aliás, conheço denominações que são assim.

Muito dinheiro para trocar seus utensílios, sua estrutura, pagar viagens para seus clérigos, mas quando se trata da missão da igreja, então aí não possuem condições para isso.

Valores invertidos e que no momento certo, serão cobrados, não por mim ou você, mas por aquele que é dono da obra.

 

Sola Gratia

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