“O que fazemos aqui, ecoa pela eternidade”. Maximus Decimus Meridius, no filme “Gladiador”.
Eu não sei bem o que tem acontecido, mas é fato que a neutralidade tem sido talvez o pior dos males de algumas igrejas(liderança e membresia). Nem “sim” nem “não”, é assim que muitas tem se posicionado perante suas responsabilidades. Igrejas que se tornaram um fim em si mesmas, desenvolveram suas próprias estufas, aonde ali é cultivado uma rotina anestesiante, onde o senso de profundidade e radicalidade do Evangelho é neutralizado. O resultado é que dessas igrejas, resultam cristãos que não entendem que estão em tempos de guerra.
Não existe neutralidade na fé cristã. Ou se está urgentemente ao lado do Evangelho, ou se é cúmplice de tudo aquilo que distorce, modifica e inclusive atrasa o Evangelho. O conceito de abstinência na vida cristã não existe. Se você não está lutando por algo, está lutando por outra coisa. Lucas 11.23 é uma referência clara que Jesus faz a essa condição à que estamos submetidos como Igreja.
Partindo desse ponto, fica claro que a vida cristã é uma guerra. E essa é uma guerra longe de ser somente pessoal, consigo mesmo e contra as próprias tentações, por exemplo. Como Igreja, estamos numa guerra aonde somos chamados a lutar veementemente contra tudo que fere a santidade e a justiça de Deus expressa no sacrifício da Cruz, partindo exatamente do presuposto que o Evangelho, como boa nova, deve ser defendida, em prol da humanidade. Se conseguirmos lutar por isso, aí sim poderemos dizer que o que fizemos aqui, ecoa pela eternidade. Todo o resto é puramente cena e figurino. Não há neutralidade. Não há “sim” e “não” ao mesmo tempo. Não há “mas, porém, entretanto”. Nessa guerra, ou você defende o Evangelho, ou você o mata. Brincar de piquenique em campo de guerra é o suicídio na sua forma mais humilhante e vergonhosa possível.
Há uma banda cristã chamada Demon Hunter, que possui uma música que expressa com exatidão o sentimento de guerra que se faz presente na minha vida contra tudo que é anti-humano e anti-Deus. Se você também se sente num campo de guerra, ouve aí.
Lava-me no rio, dá-me a dor da vida de guerra! Vida de guerra! Vida …
20 anos passaram, e meu pai me contou que a vida era como uma guerra