Acho que vale à pena fazer um comentário que deveria ser anterior a vários textos que já publiquei no Crentassos, principalmente antes desse desabafo da J.D. Samson publicado na sexta (a mulher de bigode na foto acima).
A meu ver (e isso faz parte dos anais da Quitanda gustavonense, não li isso em nenhum lugar, já subjulguei de algumas entrelinhas de outros autores, mas nunca literalmente — se é que esse literalmente existe…), quando Jesus diz pra não julgar o próximo, não fazer acepção de pessoas ou outros derivados, acredito que Jesus nos alerta pra que não deixemos de nos relacionar com as pessoas pelas suas escolhas — e principalmente não devemos olhar as pessoas por suas escolhas fundamentais, de estilo de vida, tipo orientação sexual, a forma de tratar o próximo ou os valores pelos quais a pessoas escolheu viver — porque não conhecemos o histórico que levou a pessoa a escolher aquele estilo de vida (e esse escolher nem sempre é algo racional, muitas vezes acontece, tipo deixou rolar…). Não sabemos que vida um homem teve pra maltratar todas as mulheres que já amou, não sabemos o que levou uma mulher pra se relacionar sexualmente só com mulheres ou com homens e mulheres ou só com homens quando só sente atração sexual por mulheres… A vida é um emaranhado bem complexo de situações adversas que ajudam a montar — ou desmontar — o caráter de qualquer um.
Acredito naquele lance da graça radical onde Deus é misericordioso o bastante pra nos amar apesar das nossas escolhas destrutivas; e convenhamos, todos temos alguma esocolha destrutiva, não precisamos ficar só nas distorções sexuais ou de relacionamento. Não acredito que Deus vai deixar um homem de fora de seu propósito divino só porque tem tendência a se realizar com falos ao invés de vaginas.
Por isso, talvez isso choque algumas pessoas, realmente acredito que Deus usa os excluídos por nós — e sublinho o por nós — pra lembrar os — e de quebra os não salvos — de como somos maus e carentes da graça divina.
Kyrie eleison