A cena parece simples e efêmera: Um jovem garoto chega na beira da praia com seus utensílios para construir sua própria obra de engenharia na areia. Munido com pás de plástico, baldes e muita imaginação ele tem tudo planejado, afinal de contas, ele é o idealizador de sua obra. Com palitos de sorvete ele fará uma bela ponte. Com pequenas e variadas conchas ele fará a calçada de seu castelo e talvez pequenos soldadinhos de plástico fiquem de sentinela no portão ou nas torres para guarnecer o local. Tudo está perfeito.
Uma cena semelhante acontece no escritório de alguma multinacional a quilômetros de distancia dali. Um competente funcionário trabalha com sua calculadora, computador e telefone. Planejando, organizando e controlando tudo de maneira que um império se constrói em poucos anos. Como nosso pequeno arquiteto este também tem tudo planejado. Em alguns anos casará. Depois mais três ou quatro anos para que venham os filhos. O mais velho certamente receberá incentivos para aprender outra língua e estudará nos melhores colégios já os mais novos, se houverem, receberão dedicação o mais próxima possível de dispensada ao primeiro para que não haja raiz de amargura ou desapontamento na família.
Porém as semelhanças acabam por aí!
Com o tempo passando este homem que construiu um império com suas mãos e uma vida aqui se esquece que está apenas de passagem. Certa vez Max Lucado disse que a maior tragédia que pode acontecer com o ser humano é chamar este mundo de “lar”. Quando o crepúsculo de seus dias se aproxima ele se enfurece, acha que deveria ter mais tempo, procura negociar com Deus e se entristece. Diferentemente do garoto que construiu o castelo este homem não quer que o “dia” acabe. Ele grita com Deus: “Este é meu império, meu castelo!!” Apesar de todos os avisos de nosso Senhor sobre seu inesperado retorno:
ELE disse isso na parábola dês dez virgens (Mateus 25.1-13);
Esta é a mensagem da parábola dos talentos; (Mateus 25. 14-30)
Esta é a mensagem das ovelhas e dos cabritos. (Mateus 25. 31-46)
Esta é uma mensagem quase sempre ignorada!!
Na praia, o garoto espera pelo entardecer. Ele passou o dia esperando por este momento, ele sabe que as ondas virão, ele sabe que os frágeis muros construídos por suas mãos não suportarão o mar. Diferentemente do homem ele sabe que o fim chega a todos e não ignora isso, muito pelo contrário. Ele Aplaude!