Aconteceu em um ônibus do transporte metropolitano da cidade de Curitiba. Aparentemente um senhor tomou o transporte no sentido centro e durante o trajeto teve uma parada cardio- respiratória reclinou a cabeça e permaneceu ali percorrendo o trajeto até o centro e depois retornando no sentido contrário até que finalmente alguém se desse conta que algo não estava “certo”.
A manchete não é tão recente (2010), mas esta semana um aluno meu me contou a história porque foi testemunha ocular do fato. O que mais me chama atenção é o estado de alienação em que nos encontramos para que uma pessoa morra ao nosso lado sem que isso seja notado. Será que isso tem em haver com a situação sócio-econômica pela qual passa o Brasil atualmente? Explico:
Alguns estudos sugerem que quanto maior o poder aquisitivo da pessoa tão menos inclinada esta estará a ajudar o próximo. Um exemplo disso é que quando se tem certo grau de instrução dificilmente doamos dinheiro para algum transeunte aparentemente necessitado. Ao invés disso procuramos alguma instituição para doar quantias até maiores para que esta sim possa fazer algo por este mesmo necessitado (supostamente). O problema é que se criam certos atravessadores entre nós e os que realmente precisam de ajuda e não necessariamente a instituição que escolhemos trará alguma benesse para quem mais precisa.
Você pode imaginar isso? Graça sendo terceirizada?
Para me alegrar um pouco, em um mundo aparentemente caótico, certas instituições ainda que visando objetivos comerciais ajudam a minimizar este processo de “coisificação” pelo qual estamos passando com atitudes simples como as do vídeo que segue:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=-Hc1kFvUTT4]