Músicas do Mundo q me Edificam #0031 – Z’África Brasil & Instituto — Tabocas

Pra quem não é acostumado a ouvir rap, pode ter dificuldade de acompanhar a letra, por isso coloquei ela logo abaixo ao vídeo.
Essa música, além de ser um dos mais belos raps feitos no Brasil, carrega uma mistura de falta de esperança com a esperança de um lugar melhor. Eu escuto bastante rap nacional, e acho que isso acontece por dois motivos (além da simpatia músical): 
  1. pra não esquecer que tem muita gente sofrendo no brasil
  2. pra não esquecer que apesar do sofrimento a esperança ainda existe
Fica a dica: Z’África Brasil & Instituto — Tabocas
Para ler a letra, clique em “Continue lendo >>>” logo abaixo

Aqui periferia, é sobreviver na guerrilha

Pra quem vive a vida, e nunca se intimida, não

Não sou a morte, chega, chega de armas

E de meter marra, e de meter marra

Isto causa espanto, diga quem passa o pano

Desandou os manos, pois quem cagüeta é ganso
Eu quero é mais, você é pilantra, rapaz
Sou a favor da paz, por isso fico longe, de leve e traz
A favela é lá pra baixo, pois ali só tem barraco
Todos sobreviventes, da criançada ao viciado
Se quer cachaça pra beber, aqui tem
Se quer erva pra fumar, tem também
Uma pá de tiazinha segurando a onda
Orgulha a massa e joga for a, é responsa
Mas se quer pedra e cocaína, é como o vinho vem
Armamento de primeira, também tem
E d’onde vem, e d’onde vem, eu não sei
E d’onde vem, e d’onde vem, eu não sei
Pra que serve a lei (a lei), se ela não é pro povo (pro povo)
Pra que serve a lei, se o que vai volta de tudo de novo
E do passado, o que passou, passou
E o que restou, somente sofrimento e dor
E o amor nasce simplicidade
Jogue seu orgulho for a, e use humildade
Saia da margem, vive plantado na base, sem presonalidade
Esperando o abordagem, o debate da traidade que ronda pela cidade
Trazendo a novidade, na maldade, malandragem
Onde sua liberdade, é trancado a sete chaves
Por isso, prepare-se

Sirene, toque de recolher, tem camburão na favela

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Taboca humildade, mas é meu canto, minha terra

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Ja vi o rei andar de quatro pra não morrer na viela

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Periferia, quilombos, liberdade, aqui Zumbi impera

E em seguida se ouviu um grito de guerra, guerra

O mundo em ação, dentro de um caldeirão

Salve o quilombola com uma pistola e uma uzi na mão, ladrão

Tiram sua razão, seus sonhos, destroem a vida

E depois jogam numa prisão sem muitas alternativas

Mas não…não se entregue não abrace, é viagem

Somente você e nada mais tem o poder da liberdade

No topo da serra haverá um abrigo

Lá nos manteremos vivos, a salvos e protegidos

Haverão mestres, profetas, malandros, fantasmas mágicos

Sapos, mentecaptos,salafrários e diabos

Mas não tem obstáculos, eu sou poder e faça

Ordeno a mim mesmo, vá atrás, de resultados

Guerreiros com seus destinos jogados numa guerra sem fim

Ó seu homem, sem juiz, me diga o que fiz

Sou carirí dali daqui dacola n’onde o mundo andá

Nas periferias ou onde houver cultura popular

Somos uma grande fusão, pra somar quando houver a revolução

Implantaram a delinquência, respondo com resistência

Se somos um grande problema, digo Zumbi e conciência

Atormenta, o elemento surpresa ao desespero do sistema

O estrategistas entra em cena com o povo, quero ver quem guenta

Cabeça que acha que pensa é pior do que cabeça que não pensa

Pés no chão, muita calma neste momento, paciência

A favela em alerta, temos que estar unidos

Veja quem sobe a viela, veja quem arruma o míssil

Pior que um jogo de guerra

Eliminando as fases, xeque mate

Destrua as grades mas prepare-se, prepare-se

Sirene, toque de recolher, tem camburão na favela

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Taboca humildade, mas é meu canto, minha terra

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Ja vi o rei andar de quatro pra não morrer na viela

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Periferia, quilombos, liberdade, aqui Zumbi impera

E em seguida se ouviu um grito de guerra, guerra

Mãe periferia, Quilombo foi um guerreiro do passado

Só hoje há favelas, é porque o sistema escravocata hereditário ja existia na miséria

Do alto da serra se ouvia o grito de guerra

Viva a liberdade diziam todos, viva a liberdade

Toda aldeia, toda quebrada, está Palmares

Viva a liberdade, sou Canindé

Não admito a sua ponderação, Morro do Sabão versus Babilônia, Zumbi versus alto escalão

E assim dizia um mouro no futuro próximo

Chegará a globalização, profanando a união

E a grande massa, nesse mundo confusão…

Continuará proclamando por liberdade

Meu grito de guerra bate de frente com o sistema

Aqui a chapa esquenta, somos a resistência

Meu grito de guerra alerta sua conciência

Cabeça que acha que pensa e pior do qeu cabeça que não pensa

Meu grito de guerra bate de frente com o sistema

Aqui a chapa esquenta, somos a resistência

Meu grito de guerra alerta sua conciência

Cabeça que acha que pensa e pior do qeu cabeça que não pensa

Sirene, toque de recolher, tem camburão na favela

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Taboca humildade, mas é meu canto, minha terra

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Ja vi o rei andar de quatro pra não morrer na viela

E em seguida se ouviu um grito de guerra

Periferia, quilombos, liberdade, aqui Zumbi impera

E em seguida se ouviu um grito de guerra, guerra

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