Para alguns vai ser uma surpresa mas trabalhei com cavalos durante seis anos de minha vida!! Sim, aqui em Curitiba-PR!! Domava, andava e cuidava de um cavalo castanho que se chamava Indigo e permaneceu sob minha responsabilidade durante estes anos. Certa vez estávamos, por conta de nosso trabalho, em três cavaleiros perto de uma festa aqui na região metropolitana de Curitiba conhecida como Festa do Caqui. Ao descer do transporte que me levou até o local notei que havia ao longe uma árvore muito bonita carregada dos frutos característicos da festa. Os frutos eram enormes e pareciam suculentos!! Não resisti subi no cavalo e galopei até a árvore pegando o caqui maior e mais alto que havia lá! Mordi e minha boca curvou-se para dentro porque o caqui estava fora de época e com excesso de tanino!! O CAQUI ESTAVA MARRENTO!
Meus companheiros chegaram logo em seguida e eu sabia que minha investida “infrutífera” ao pé de caqui seria motivo de chacota por pelo menos duas semanas, foi aí que decidi dizer: “Nossa cara! Que caqui doce!”. Fail para meus companheiros que pegaram também as frutas e após morderem contemplaram-me com olhos indignados.
Certa vez nosso Senhor esteve em uma situação parecida com a minha. Apesar de não ter se acovardado e saído de maneira indigna como eu. Jesus, com fome, se deparou com uma figueira que não dava frutos apesar de estar com folhas. Pausa teológica: Alguns pregadores relatam que as figueiras desta espécie em especifico carregavam-se de folhas na época em que seus frutos estavam disponíveis sendo assim ao ver as folhas Jesus procurava também pelos frutos, mas foi “enganado”.
Trazendo este exemplo para nossa vida. Será que não estamos parecendo o que não somos realmente? Vestimenta, trejeitos, modus operandi, tudo isso pode dar uma falsa imagem de “arvore frondosa” quando na verdade estamos secos por dentro.
Ao julgar pela maneira que Jesus tratou a árvore detestaria ser assim. E você!?