Quando as coisas acontecem de forma natural pode-se ter uma certo conforto (se é que alguém consegue sentir-se confortado num momento desses), pois afinal de contas, a natureza cobra sua fatura pelos excessos, pelo descuido, ou simplesmente porque o tempo passou e não há perdão para ninguém nesse momento. Mas ela dá sinais!
Mas, quando acontecem de forma acidental, onde tira a pessoa de forma abrupta do seio familiar, do meio dos amigos… isso deixa à mostra a fragilidade do nosso ser. Um envólucro biológico, dotado de inteligência, de sentimentos, de sonhos e desejos. Um ser limitado, totalmente dependente do favor de Deus, de Sua misericórdia, de Seu amor e que na maioria do tempo, esquece disso!
Uma pessoa do meu círculo de amizades me escreveu e não nos víamos há tempo, me informou de que um grande amigo, de muito tempo, havia falecido em decorrência de mordida de cobra em sua fazenda no Mato Grosso. Fiquei angustiado, com meu coração agitado, porque provavelmente não havia apresentado a ele o plano de salvação de Deus para sua vida. Quero crer que alguém fez isso, mas não consegui deixar de pensar que eu poderia ter semeado na vida dele uma palavra de esperança, de conforto, de paz. Espero sinceramente que alguém tenha feito isso.
Isso me fez refletir sobre o meu papel como cristão em anunciar as Boas Novas de Cristo. Cumprir o comissionamento da igreja de IR a todo mundo para pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16:15) e fazer discípulos em todas as nações (Mt 28:19).
De como a vida nesse tempo terreno é muito curta e que se faz necessária a reflexão diária do papel de cada um no propósito universal de Deus.
Ainda estava processando a informação e os sentimentos que foram gerados a partir daí, quando hoje pela manhã outra notícia de falecimento veio para nos desmontar mais um pouco. Dessa vez uma irmão de igreja, um amigo, pai de família, comprometido com a vida e que, num momento de distração, perde a vida num acidente besta, por um motivo fútil.ns
Uma vida a mais que se vai, que nos deixa perplexos com a brevidade de sua existência.
Mais uma vez inconformado com tudo isso, ficam as reflexões…
A vida está passando e como estou lidando com isso?
Tenho usado o meu tempo de forma saudável? As prioridades estão corretas?
Sei lá, talvez esses pensamentos não sejam tão saudáveis, afinal de contas, enquanto penso perco tempo, gasto energia em questões que talvez não tenham as respostas praticas de que preciso. Sei lá…
Tento fazer uma resolução, de que tentarei olhar melhor ao meu redor e tentar perceber mais aqueles que estão à minha volta. Tentarei fazer o melhor de mim para que o evangelho seja pregado, mesmo que ainda eu seja falho, mas tentarei…
Não perderei meu tempo em não manifestar o Cristo em que eu creio, mas falarei aos quatros ventos, gritarei se necessário. Não quero perder mais o meu tempo em buscar a razão das coisas, mas a solução delas.
Quero uma vida melhor, para mim e para o meu próximo! Para mim e para minha família!
Para mim e meus amigos, mas também para os meus inimigos… afinal de contas eles também fazem parte do propósito de Deus para esse tempo.
Talvez não seja tão fácil como eu gostaria, mas morrerei tentando… afinal de contas eu creio em Jesus e quem Nele crê, ainda que morra, viverá! (Jo 11:25)
Soli Deo Gloria