Seu arquivo é contra os Direitos Humanos?

Vc acha importante q um crente (ou um crentasso) cumpra com os direitos humanos?! Bem, se vc souber oq isso significa, é claro q a resposta é sim, sem sombra de dúvidas… 
Apesar do texto abaixo não se referir a um assunto “espiritual”, sigo na linha do meu querido Thiago Mendanha (Jabá 4 Brothers)… “Nem é gospel, nem é mundano… TUDO é ESPIRITUAL”
Quando você escreve um texto no seu editor, em qual formato você salva? Provavelmente, no formato padrão de seu programa (que, segundo estatísticas, deverá ser o Microsoft Word), sem saber ao certo qual é a extensão, certo? Pois saiba que você pode estar violando a Declaração Universal dos Direitos Humanos por causa disso.

Como assim? É simples. O arquivo do seu editor de texto, na grande maioria das vezes, salva o seu arquivo em formato “.doc” (por exemplo, “cronograma.doc”). Essa extensão, que vai depois do nome do arquivo, é padrão para o editor de texto da suíte de aplicativos Microsoft Office, grande hegemônica entre escritórios e residências. O grande problema é que isso exige com que outras pessoas, em outros computadores, com outros sistemas operacionais (como o Windows, MacOS ou Linux), usem o mesmo programa para abrir o documento.

Certo, mas se ele é a grande maioria, por que me preocupar? Porque isso te deixa à mercê das vontades das empresas por trás do desenvolvimento do aplicativo. Quando a Microsoft lança uma nova versão de sua suíte para escritórios (como o Microsoft Office 2007), ela tem a opção de mudar a extensão do arquivo padrão, colocando um “x”, por exemplo, no final do “.doc” – ficando “.docx”. Esse arquivo só será lido pela versão mais recente deste programa. Isso obrigará todas as pessoas para quem você mandará o arquivo a ter também esta versão.

E para conseguir a mais recente, provavelmente, você terá que dar um upgrade na sua máquina, ou seja, atualizar tanto a configuração da memória e do processamento, quanto do próprio sistema operacional. Este cenário já demonstra o alto custo que se terá apenas para abrir um arquivo, além de passar a ideia de que seu computador, que funcionava perfeitamente, se tornou obsoleto do dia para a noite.

Para se ter uma ideia melhor do tamanho do problema, cito uma entrevista de Jomar Silva, diretor-geral da ODF Alliance Chapter Brasil, à TV Serpro, órgão do Ministério da Fazenda responsável pelo processamento de dados do governo federal. Nela, Jomar demonstra que, quando o governo escolhe formatos como o “.doc” para disponibilizar seus arquivos, ele obriga o cidadão a usar uma única suíte de aplicativos, de um único sistema operacional, para um mínimo de configuração de computador. “Eu tenho que adquirir uma nova ferramenta para poder conversar com o meu governo. Isso é uma forma de discriminação”, o que, claro, fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Outro ponto que Jomar levanta é a questão do tempo. Salvar um documento em um formato proprietário pode fazer com que ele seja impossibilitado de ser acessado daqui a 10 ou 20 anos, já que até lá o único aplicativo que o abre pode não ser mais desenvolvido ou atualizado.

O que fazer, então? A resposta é começar a usar formatos abertos, como o ODF (que significa “open document format”, ou em tradução livre, documento de formato aberto). E como ele diz: “É um padrão aberto: pode ser implementado por qualquer pessoa sem a necessidade de pagamento de royalties. Está publicado e disponível na internet. Pode ser reutilizado por outros padrões e foi e é desenvolvido em um processo internacional completamente aberto e transparente.”

Para tanto, use outras suítes para escritório que foram desenvolvidas em código aberto, como o OpenOffice, BROffice, NeoOffice, entre tantos outros. Eles são gratuitos e, o melhor, não ferem a Declaração Universal dos Direitos Humanos!


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