O Líder como Servo

Os líderes de Deus têm disposição para servir. Assim como pais, desempenham tarefas humilhantes quando servem aos melhores interesses de seus filhos. Essa atitude é a chave para vencer a ganância e realizar, com eficácia, a tarefa que Deus lhe concedeu. Os israelitas estavam dispostos a declarar suas reclamações com ralação a Neemias, e os nobres desejavam seguir a direção do líder, pois sabiam que essa atitude estava presente em Neemias.

Desde que o mundo começou, há duas idéias sobre ser um líder. Uma diz que, para ser um líder, você deve mostrar quem é o chefe. A outra, servir. A primeira é, de longe, a mais comum. Todos os servos dos governadores precedentes de Jerusalém dominaram sobre o povo (Ne 5.15). A atitude de Neemias contrastava agudamente com a dos nobres.

A Escritura Sagrada deplora uma atitude de “domínio” sobre os outros. Pedro chama os anciãos da igreja não “como dominadores… do rebanho” (I Pe 5.3).

Sem dúvida, ele se lembra de quando Jesus repreendeu os apóstolos sobre suas ambições: “Sabeis que os governadores dos povos dominam… Não é assim entre vós; pelo contrário: quem quiser tornar-se grande entre vós será esse o que vos sirva… tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.25-28).

Uma vez, quando me pediram para assumir um cargo de prestígio na obra cristã, fiquei confuso. Meu orgulho e minha ambição cobiçaram o que me ofereceram. Pensei que isso me desqualificava aos olhos de Deus. Depois, quando orei em silêncio, Deus falou: “Não estou pedindo que suba, mas que desça. Estou chamando-o para ser servo daqueles que você guiará.” Tal foi o poder daquela palavra que me humilhei prontamente e fui capacitado para assumir o cargo.

O verdadeiro líder serve. Serve às pessoas. Serve aos melhores interesses das pessoas e, ao agir assim, não será sempre popular pode nem sempre impressionar. Porém, em decorrência de os verdadeiros líderes serem motivados pela preocupação amável em vez do desejo pela glória pessoal, eles estão dispostos a pagar o preço.

A maioria das pessoas, enquanto pagam serviço extremo para o ideal de Cristo, concorda com seu coração com aquilo que Nietzche escreveu em Assim Falou Zaratustra. Em um líder, eles querem “um tipo forte de homem, mais altamente dotado de intelecto e vontade,” que com a elite ao seu redor se tornará os “senhores da terra”. E a igreja, assim como o mundo, está repleta de pessoas dignas de dó que sonham com um poder. Elas são dignas de riso enquanto permanecem pequenas. Adolf Hitler foi cômico na Bavária, mas catastrófico em Berlim. O próprio Nietzsche fez o mesmo. Incrível no papel, mas um psicótico patético e com medo de mulheres na vida real. O Filho do homem, por outro lado, excita a nossa admiração da mesma forma em sua humilhação e gloria.

Sempre houve uma verdadeira elite de líderes de Deus. Eles são os mansos que herdarão a terra (Mt 5.5). Eles choram e oram em segredo, e desafiam a terra e o céu em público. Eles tremem quando encaram o perigo, mas morrem em suas trilhas mais cedo do que voltam. Eles são como um pastor defendendo seu rebanho ou uma mãe protegendo seu filho. Eles se sacrificam sem reclamar, dão sem calcular, sofrem sem gemer. Para as pessoas que estão sob sua responsabilidade, eles dizem: “Nós vivemos se vocês estão bem.” O preço que pagam está acima dos rubis. Eles são o sal da terra. Neemias era um deles.

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