Muitos acreditam que tudo que a gente vê dessas ações de marketing e propaganda neste mundo véio de guerra, é fruto de grande influência de ações e trabalhos missionários. Aquela coisa toda de divulgar as boas novas, para muitos, fez com que muita gente pensasse que dava pra usar estas coisas para divulgar as boas novas na concepção de cada patrão.
Ok, não tenho fontes para confirmar a veracidade desta hipótese agora. Mas supondo a veracidade desta coisa toda, convenhamos que por maior que tenha sido a influência do evangelismo, não se pode negar que as metodologias da propaganda foram adaptadas para atingir os seus fins. E os seus fins obviamente não tem muito a ver com o Evangelho. Caso você discorde, e ache que papo de “adaptar produto”, “público alvo” e essas coisas todas tem a ver, pode parar por aqui, de boa.
Enfim, onde quero chegar: infelizmente, hoje tratamos Cristo como produto e pessoas, como meros clientes em potencial (isso que nem vou chegar no assunto de usar técnicas de marketing de pirâmide nas igrejas). Criamos slogans rasos com o nome de Jesus acima, pensamos em tratar Jesus tão “louco” como uma dose da droga mais pesada, e ainda mais: usamos a quantidade de clientes conquistados como carteirada em discussões, seja qual for o tema. Clientes conquistados? Desculpa, é “ganhar almas” que a galera chama né?
Um detalhe, não vamos confundir adaptar Cristo para um público alvo com contextualizar a Palavra de forma com que pessoas entendam. O segundo não deturpa a essência da Palavra de Deus, enquanto o primeiro adapta e distorce Cristo para atender pseudo-necessidades qualquer pessoa.
Mas enfim, voltando a este assunto: temos que parar de pensar em fórmulas mirabolantes, em gurus do momento pastores de mega igrejas com milhares de membros que cresceram em 2 meses, e em qualquer coisa que vire um padrão IMPOSTO, sem embasamento com nada. Quantidade é importante, mas jamais será o MAIS importante. É excelente que pessoas sejam salvas, mas é péssimo ver a conversão delas sem acompanhamento nenhum, que acabam caminhando sozinhas, sem ninguém para dar uma força, para orientar. Isto não é crescimento. É uma elefantíase.
Por estas e outras muito do que é chamado de evangelismo, se distancia do que chamamos de amar ao próximo. E ainda se distancia do verdadeiro Evangelho.