Premita-me caríssimo leitor exemplificar como me amo. Geralmente acordo pela manhã e vou de imediato para meu banheiro onde tomo banho por aproximadamente 20 minutos. Após isso passo entre 10 a 15 minutos arrumando cabelo, escolhendo alguma roupa e algo mais que me deixe apresentável para o mundo que me cerca. Me exercito três vezes por semana e por mais que me esforce em alegar que os motivos permeiam questões de saúde fico feliz com o resultado dia após dia quando me olho no espelho. Gosto muito de ser elogiado e onde quer que eu vá procuro sempre ser o centro das atenções. Pergunto-me sempre a mesma coisa: Será que estou sendo notado? Devo realmente confessar que me amo mais que qualquer um! Mas isso não é produtivo para ninguém não é mesmo? Todos nós já ouvimos falar de algum “crianção” de meia idade que ainda acha que o mundo gira em torno de seu umbigo.
Infelizmente após a década de 1970 houve uma mudança no paradigma mundial no qual o individualismo e a satisfação pessoal usurparam o lugar antes ocupado pelos valores comuns e a perspectiva em longo prazo ou “gratificação adiada” segundo nos conta o observador de tendências sociais Daniel Yankelovich.
Em uma sociedade cada vem mais individualista é cada vez mais comum nós ficarmos trancados em NOSSOS quartos, com NOSSAS coisas, NOSSA rede de amigos e cuidando de NOSSA vida. Afinal de contas é o que a mídia prega diariamente nos bombardeando com manchetes jornalísticas, programas televisivos e Reality Shows nos quais gratificamos pessoas que saciam apenas seus desejos sem sequer questionar o que seus companheiros necessitam. Vemos esta tendência até mesmo em livros de auto ajuda que transbordam das estantes das livrarias e oferecem enriquecimento relâmpago, sucesso pessoal e satisfação.
Mas como ir à contra mão quando nem temos um ponto de referência para nos nortear? Quando me casei minha esposa me perguntou sobre a possibilidade de uma TV no quarto além da que já tínhamos comprado para a sala de estar. Após meditar a respeito sugeri que não comprássemos, pois preferia até mesmo “brigar” pela posse do controle remoto com ela do que tê-la distante de mim em outro cômodo.
Jesus parece ter percebido esta inclinação do ser humano para o egoísmo quando aconselha a todos nós a amarmos o próximo como a nós mesmos. Não é incrível? Parece que nosso Senhor mais do que ninguém sabia que somos naturalmente egoístas e usou isso a favor do Reino. Com isso tenho um parâmetro para o amor. Ele quer que eu elogie os outros e os faça sentir-se bem assim como eu gostos destas atitudes em particular. Outra dica importante dada por Ele enfatizando a importância de pensar como comunidade e não somente como indivíduo encontro na oração do Pai nosso. Repita comigo:
Pai nosso….
Ei! Obrigado por ler este Post! Você é importante! Agora sua vez, vá em frente e elogie alguém!