É comum ver nos evangelhos, Jesus chegar e às vezes, dizer: “Homens de pouca fé…”. Também é normal, ver “crentes” repugnando os ateístas, pois: Como podem não crer?
Justo, como nós não cremos? Mesmo indo as igrejas, sendo amigáveis, evitando falar palavrões e realizando outros ditos ‘comportamentos de crente’. Como nós ainda não cremos?
Não estamos tendo uma fé genuína, feito se é dito dentro de algumas igrejas. Colocamos Deus dentro da caixa da nossa mente, e limitamos seu poder. A gente só crê naquilo que aos nossos olhos parece ainda possível. E na hipocrisia da mente, não enxergamos o ateu do espelho.
Falo ‘ateu’ por não crer no Deus de uma total forma, podendo reconhecer sua total plenitude. O mundo está cheio deste tipo de ateísmo (se é que podemos configurar assim). De pessoas, eu e você, que normalmente nos enchemos de genéricos divinos. Buscando somente em momentos específicos, para situações determinadas. Montando vários tipos de ‘Jesus’ e de ‘Deus’, crendo em um Jesus de amor e não conhecendo o Jesus juiz, por exemplo.
“Homens de pouca fé…” por tomarmos tanto genéricos, o verdadeiro remédio se torna estranho. As multiformas com que Deus age parece misterioso, pelo fato de sermos “ateístas” do todo que Ele é, por só conhecermos parte.
Mas também não conheceremos tudo, pois vai além da nossa compreensão. Só que a partir do momento que O enxergar por ser Deus, intransponível em qualquer situação. Deixaremos de ver o reflexo desse “ateu” que se recusa a conhecer a plenitude do Ser.
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