Filmassos: Na Natureza Selvagem

Dae negadS!

   Estreando aqui na sessão Filmassos, trago-lhes a minha primeira sugestão de filme, que a propósito mexeu bastante com alguns conceitos já deixados de lado por mim mesmo: “Into The Wild”,com o titulo em português, “Na Natureza Selvagem”. O filme é baseado na história real de Christopher McCandless, um jovem da década de 90, filho de uma família muito rica, que simplesmente se enjoa de toda a mesquinharia da sociedade e foge: recém formado,larga mão de planos pós-acadêmicos e de uma grande carreira milionária, e parte em direção a uma viagem arriscada em direção ao Alasca, só com uma mochila e a roupa do corpo. 

   Protagonizado por Emily Hirsch, o filme conta com a direção de Sean Pean, onde a trilha sonora é nada mais nada menos que desenvolvida inteiramente pelo Eddie Vedder, suas guitarras e violões e sua voz nostálgica. O filme também se destaca pela fotografia,  que tem um poder de transportar qualquer espectador para milhares de quilômetros de distância da sala de estar. Diversas cenas onde Christopher se encontra em cenários naturais, rios, geleiras, entre animais selvagens, são de fato, de encher os olhos de quem curte uma boa fotografia. (Aumente o volume e sinta o site do filme…http://www.intothewild.com/)

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=0YBDpPIhEYo]


O filme não tem uma única mensagem, mas sim várias grandes lições durante o longa, que podem muito bem ser trazidas para a vida real. Valores como a importância do outro, o preconceito, a liberdade, a amizade, as loucuras da sociedade e o sentido da vida propriamente, são explorados durante todo o filme. Se você não viu ainda, alugue ainda hoje (eu já aluguei cinco vezes). Se já viu, continue que lá vem spoilers e alguns comentários meus a respeito.
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A partir de agora, ZONA DE SPOILERS:


Christopher McCandless foi um desses caras considerados malucos por grande parte da família e da sociedade. Pois sua viagem desde o início soava como um suicídio, como de fato, acabou acontecendo: Chris morreu, dentro do seu trailer, pelas péssimas condições de saúde: loucura mental devido a fome, sede e frio e alguns suspeitam de envenenamento acidental. Mas havia uma beleza no coração desse sujeito: ele não se conformava de forma alguma com o funcionamento da sociedade e o modo como o ser humano se postulava; como um semi-deus, regido por valores como o consumismo, o materialismo, a riqueza, a fama, a cobiça e a inveja. Influenciado por alguns filósofos como Cousteau, para ele não havia melhor lugar do que a própria natureza selvagem para se estar e viver de forma feliz e saudável, longe da sociedade que ele chamou de “besta e louca”.Assim, ele foge e encontra pessoas de todos os tipos no seu trajeto e cria laços de amizade muito significativos deixando marcas muitos boas nas vidas dessas pessoas. Esse é um dos filmes que contrariam a lógica hollywoodiana dos finais felizes. E digo com segurança, que taí um dos motivos para que esse filme seja considerado bom: ele provoca nossa moral, mexendo com nossa humanidade, e não só atiça nossos sentimentos por algumas horas.

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