Um Teto para o meu país

Um Teto para meu País é uma ONG latino-americana que nasceu em 1997, no Chile. Atualmente está presente em 16 países, inclusive o Brasil, onde chegou em 2006.




Nesses quase 4 anos de história, UTPMP Brasil já construiu mais de 370 casas de emergência e mobilizou mais de 3000 voluntários. A construção da casa é a primeira fase do projeto, as outras duas são a habilitação social e a comunidade sustentável. Assista o vídeo e entenda melhor.
No Brasil, como trabalhamos apenas com a primeira fase, é dela que vou falar.
Na primeira fase, um dos objetivos é que o voluntário universitário – foco do projeto, pois serão os líderes do país no futuro, seja em uma empresa ou em sua própria família – entre em contato com a realidade de seu país. A construção das casas é uma resposta emergencial a uma situação precária de habitação, é uma denúncia da realidade.





As casas que construímos são feitas de madeira e tem 6×3m (18m²). Ok, por que esse tamanho? Segundo normas internacionais de habitação, para que uma pessoa viva é necessário que ela disponha de 3,5m² e utilizando-se uma média de 5 pessoas por família, chegamos a 17,5m². Cada casa tem uma porta e duas janelas e cabe ao morador fazer futuras adaptações. Não “personalizamos” as casas pois as construções são ações massivas e mesmo pequenas alterações causam grandes problemas logísticos e construtivos. Afinal, são jovens que montam as casas e não profissionais do ramo, o que também é um dos motivos porque não fazemos instalações elétricas e hidráulicas. O outro é que a simples construção de um banheiro não resolve o problema dessas famílias, pois as comunidades em que atuamos precisam de saneamento básico, o que não se encaixa no modelo de intervenção da primeira fase.
Sempre construímos a casa no terreno em que a família já mora, dessa forma, não incentivamos as invasões (as favelas, por definição, são ocupações ilegais de terreno). Além disso nossa casa é temporária (não é nossa intenção que as famílias vivam nela para sempre, mas sim tirá-las da situação de urgência em que se encontram) e móvel, portanto a família pode desmontar a casa e montá-la em outro lugar caso tenha que se mudar.
Nosso trabalho também não é assistencialista pois, além de pagar 5% (R$150) do valor da casa, as famílias são as responsáveis por desmontar as casas antigas, limpar o terreno, cozinhar para os voluntários e também ajudá-los durante a construção.
Semana passada, dos dias 20 a 25, ocorreu a maior construção da história do Teto no Brasil: 95 casas. Nesses 5 dias, construímos mais casas do que em qualquer um desses 4 anos de existência. Estive presente na comunidade Santa Emília, em Guarulhos, onde foram construídas 14 casas. As demais foram Colinas D’Oeste, Padroeira e Santa Maria, todas em Osasco. Foram 5 dificílimos dias e não se pode resumi-los por outra palavra que não seja a superação. Porém, como não cansamos de gritar, “Começou, não para” e não é porque estamos cansados devido a essa construção que tiraremos férias, o Teto nunca para.
13 de agosto, das 7h às 19h, teremos 2500 voluntários espalhados por 250 esquinas da cidade de São Paulo, realizando a 2ª Coleta. Basicamente, é um “pedágio”, mas o dinheiro vai todo para a ONG. Ano passado, arrecadamos o equivalente a 11 casas. Esse ano, a meta é conseguir 100. Chame seus amigos, doe….enfim, participe!

Não quer construir nem participar da coleta? Não tem problema! Você pode, além de fazer contribuições financeiras, participar do nosso escritório. São muitas as áreas, entre elas Detecção, Comunicação, Financeiro…enfim, dá pra se achar.

Tammy Padlipskas





Vi no Totefalando q por sua vez viu no Blog Ice Cream, por indicação do @robbson, visite-os, ambos valem a pela
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