Só Deus Pode Me Julgar | Ampulheta 34

Meu nome é Giancarlo Marx, e hoje eu vou falar sobre o tema “Só Deus pode me julgar“.

Pense num balão de festa, inflado até o limite. As paredes de borracha mais finas que uma folha de seda. Apesar de colorido, é possível enxergar perfeitamente o outro lado, dado o excesso de ar em seu interior. Este é o ego humano.

O pastor Tim Keller, em seu livro chamado Ego Transformado define a imagem que o ser humano faz de si próprio com quatro atributos simples: ele é vazio, dolorido, atarefado e frágil.

De fato um ego inflado é oco. Não há nada dentro dele além de ar. A ausência de sentido é que o faz confiar cegamente no medo, no orgulho e no desejo de reconhecimento.

Assim como o balão da nossa ilustração, ele também é muito sensível. Ele está o tempo todo dolorido. Você pode se lembrar agora de alguém que supostamente feriu seus sentimentos. Mas se fizer análise mais profunda, com certeza vai perceber que a ferida foi provocada na verdade no seu ego, e não nos sentimentos. Os sentimentos permanecem bem, já a auto-imagem, dolorida pelo excesso de “ar”, nem tanto.

Seu trabalho é constante. Um balão de festas, por mais bem selado que esteja, não permanece inflado por mais de 24h. E o ego inflado, talvez não dure nem metade disso. Para mantê-lo cheio a pessoa se desdobra para ser notada, quase sempre com os “gases” nada nobres da comparação e da vanglória.

A fragilidade é a quarta marca do ego inflado. Ela acontece simplesmente por ele ter assumido uma forma muito maior do que aquela que ele foi desenhado para ter. Qualquer resvalo (ou às vezes nem isso, só o calor basta) e BANG! Lá se vai o balão do ego humano.

Tanto o complexo de inferioridade quanto o complexo de superioridade têm origem nesta visão distorcida de si. Na prática são a mesma coisa. A pessoa com complexo de inferioridade já inflou o balão além do limite (e ele possivelmente já murchou). Enquanto que a pessoa com complexo de superioridade ainda luta para manter o balão super cheio.

Mas afinal, qual seria a forma mais bíblica e saudável de lidar com isso?

Paulo dá uma boa dica em 1 Coríntios 4:3-4.

“Quanto a mim, pouco importa como sou avaliado por vocês ou por qualquer autoridade humana. Na verdade, nem minha própria avaliação é importante. Minha consciência está limpa, mas nem isso prova que estou certo. O Senhor é quem me avaliará e decidirá.”

Aparentemente o apóstolo não pautava sua visão de si nem o julgamento dos outros (que poderia levá-lo ao complexo de inferioridade) e nem o próprio julgamento de si (que poderia levá-lo ao complexo de superioridade). Mas unicamente no julgamento do Senhor.

Isso pode soar um tanto arrogante. Como aquela frase que costumamos ouvir de quem não quer receber críticas de terceiros: “Só Deus pode me julgar”.

O problema com esta frase é que geralmente ela procede de alguém que acredita estar absolutamente certo. O que não parece ser o caso de Paulo neste texto, já que ele mesmo reconhece que a ausência de sentimento de culpa na sua própria consciência não é prova suficiente para inocentá-lo.

Isso fica ainda mais claro se levarmos em conta a confissão que o mesmo Paulo escreve a seu principal discípulo em 1 Timóteo 1:15: “Eu sou o pior de todos os pecadores”.

Como é que alguém que convive com esta certeza de culpa pode ao mesmo tempo afirmar que tem a consciência limpa e confiar a um Deus santo e justo o seu próprio julgamento?

A resposta tem duas letras: FÉ.

Romanos 8:1-2 diz:

“Agora, portanto, já não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus. Pois em Cristo Jesus a lei do Espírito que dá vida os libertou da lei do pecado, que leva à morte.”

Efésios 2: 8-9 afirma:

“Vocês são salvos pela graça, por meio da fé. Isso não vem de vocês; é uma dádiva de Deus. Não é uma recompensa  pela prática de boas obras, para que ninguém venha a se orgulhar.”

Muito mais do que uma simples consciência limpa, a confiança no julgamento divino é produto de uma mente que reconhece objetivamente a própria condição pecadora, e ainda assim crê sem objeções no amor do próprio Deus, manifesto em Cristo para a nossa salvação.

Um forte abraço e até o próximo Ampulheta.

PARTICIPANTES:
– Giancarlo Marx

COISAS ÚTEIS:
– Duração: 05m52s
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Todos os “Ampulheta”

CITADOS NO PROGRAMA:
Livro “Ego Transformado” de Tim Keller
1 Coríntios 4:3-4
Romanos 8:1-2
Efésios 2:8-9

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