Poliamor Cristão

poliamor

E a moda agora é poliamor.

Que nome estranho para “poligamia”, né? Bom, a poligamia sempre esteve presente na humanidade. Deus ao dar sua Lei a Moisés e inspirar o pentatlo para contar a história humana estabeleceu que o verdadeiro amor é estritamente entre um homem e uma mulher. Ele não gosta do “amor” entre um homem e duas mulheres, entre uma mulher e dois homens, entre um homem e outro homem, entre uma mulher e outra mulher e qualquer variação de “amor” que o homem desenvolver. Ele não gosta também da falta de compromisso e da traição ao compromisso firmado como relacionamento entre um homem e uma mulher, ou seja um traição, um adultério.

O ser humano sempre foi inimigo de Deus, nós mesmos, pela natureza carnal pecadora que temos, somos inimigos de Deus naturalmente e queremos fazer o que nosso ilusório “livre arbítrio” mandar, e Deus para nossa natureza carnal é um “estraga prazeres”. Então pela fé no que diz o Evangelho somos salvos e recebemos uma natureza regenerada, mas não em carne, apenas nosso espírito é transformado e passa a desejar fazer o que Deus chama de bom e correto na Lei de amor e Liberdade dada aos homens em duas tábuas, a carne continua e continua ditando seu “livre-arbítrio”, que é sempre contra Deus,  o “estraga prazeres”.

Bom, pessoas não cristãs defendendo a idéia de “poliamor” é a coisa mais natural do mundo. Estivemos séculos sobre a tirania de setores da religião cristã, que hoje também querem seguir o modelo medieval anti-bíblico de domínio temporal, que estão mais interessados em poder político e lucro do que na fé cristã e colocaram por séculos padrões e regras que eles consideram como opressores, por limitarem o “livre-arbítrio” deles de poder pecar à vontade e agir dentro de suas próprias leis, não segundo os mandamentos de Deus. Eles não crêem no Evangelho, não sentem a gratidão pela salvação, muitos nem desejam a salvação do Inferno, mas para eles a “salvação” é ser livre das regras religiosas que os limitam ou impedem de agir como querem na vida deles.

Não é nosso dever impor a nossa fé nos outros, Deus não ordena que o cristianismo seja uma “teocracia” política que leve as pessoas a agirem dentro dos valores cristãos da Lei de Deus. Na história, grupos e setores do cristianismo fizeram isso é só trouxeram dor, sofrimento, heresias e a fé cristã sempre enfraqueceu quando ela foi obrigatória e não voluntária, movida pelo Espírito. Mesmo em Israel a Teocracia se mostrou ineficiente para levar os homens a Deus e preservar a ordem e os valores morais do decálogo, antes resultou em transgressões e serviu como espelho para aprendermos que nenhuma carne é justificada pela Lei, mas somente pela fé, recebida pela pregação do Evangelho.

Por isso não vou aqui me dirigir aos grupos não cristãos que estão defendendo esse “poliamor”. O Cristianismo prega a Liberdade. As pessoas podem dizer não ao cristianismo e seus valores e ainda assim devemos amá-las e não combatê-las. Devemos odiar somente o pecado, nunca quem curte cometer o pecado que não gostamos. Claro que liberdade não é libertinagem ou falta de ordem, muito menos “livre-arbítrio”, mas esse assunto de liberdades individuais, como o “poliamor” não é um assunto que obrigue a mim como cristão pedir o combate político disso. Eu é que não vou dizer que isso deve ser combatido pela força da Lei e blablabla. Antes eu creio que o melhor combate a isso é oferecendo um prazer maior, uma vida melhor do que esta, que é vivida pela Lei Moral e também a salvação, pq podemos cumprir coisas boas, mas no geral sempre teremos também muitas coisas ruins na nossa conta, mesmo com todo o esforço do mundo, mas pela fé Deus pode nos aceitar como filhos e perdoar nossas transgressões. O Cristianismo oferece a liberdade de se dizer não ao “poliamor”, um Amor maior e mais prazeroso ao espírito do que o “poliamor” carnal, o privilégio de se constituir uma família como Deus estabeleceu e ser feliz no relacionamento com Jesus, com a família e com o próximo, mesmo com todas as falhas humanas que os cristãos têm também. Mas isso é algo a ser recebido pela fé, não pela força.

O problema é que logo logo, se a moda pegar também, como pegou a questão da homossexualidade hoje em dia, veremos cristãos também deturpando a Bíblia, deixando a fidelidade a Deus em segundo plano para ser fiel aos amigos adeptos disso, ou ao status social, ou para não ficar “mal na fita”. Isso seria o “Poliamor cristão”, o “Poliamor espiritual”, ou seja, dividir o amor a Deus com o amor pelos nossos amigos que praticam coisas que Deus quis protegê-los e preservá-los de praticar, mas para não arrumarmos problemas com nossos amigos ao nos posicionarmos contra suas escolhas (e essa posição não precisa ser violenta, agressiva, pode ser gentil e amável), nos posicionamos por relativizar o que a Palavra de Deus diz para agradá-los, não nos importando em desagradar ao Senhor, afinal: “Ele é bom, vai desconsiderar isso, se adaptar a nós”. Daí vamos ver reinterpretações da Bíblia, talvez dizendo que onde há “amor” não há pecado, que o adultério condenado na Bíblia é o adultério ritual, não o com amor, que se é para seguir a Lei de Deus sobre monogamia, se deve seguir as leis cerimoniais e civis também (esse argumento é clássico, revela que a pessoa não sabe mesmo interpretar a Bíblia), vão usar exemplos de poligamia na Bíblia, deturpar passagens que falam de casamentos poligâmicos, enfim, a poligamia pode voltar. Com força total, como voltou a homossexualidade (até numa proporção muito maior do que jamais foi na história) e vamos ver cristãos deturpando a Bíblia e se conformando com isso..

Ame o próximo. Ame os “poliamor”, os homossexuais, os fundentalistas fanáticos, enfim, ame todo mundo, ou melhor, tente amar todo mundo. Mas se você não ama e não devota sua fidelidade primeiro a Deus e ao que Ele diz, então seu “amor” pelo próximo é só uma auto-promoção, ou talvez uma idolatria, não um amor de verdade.. Poliamor sexual existe. É pecado, mas existe.

Deus é amor. Mas, o amor não é Deus. Se invertermos a afirmação, de fato, o amor se torna um demônio. (C.S.Lewis)

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