Me segue que eu te sigo!

Você que está no Twitter, pensa rápido: por quê você usa isso? Tempo…
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O Twitter é uma dos sistemas de comunicação mais prósperos e ascendentes na internet no mundo de hoje. O número de adeptos tem aumentado a cada dia exponencialmente. E as pessoas tem criado contas no Twitter da mesma maneira que vieram a criar contas no Mirc, Icq, Msn, Orkut e Facebook. Ou seja, pela via da busca pela novidade e a experiência que ela proporciona. E qual é a experiência que o Twitter tem proporcionado pras pessoas? O que tem atraído tantos adeptos? O que faz o Twitter funcionar de verdade? Ler o que os outros estão escrevendo? Conversar com os amigos via reply? Ter acesso a links e informações interessantes? Pouquíssimo disso faz as engrenagens do Twitter realmente girarem. Número de RT’s? Talvez. Mas existe um combustível ainda mais forte que move a máquina do Twitter.
O garimpo. Garimpo de quê? De gente. Isso mesmo: o que move de verdade as pessoas no Twitter é a caça por novos seguidores. Recebo várias mentions de pessoas implorando o seguinte: “Por favor! Me segue que eu te sigo!” A proporção entre followers e followings afirma o quanto você parece ser importante. É por isso que muitas vezes você é seguido por vinte minutos e leva unfollow. O cara do outro lado só quer que você o siga independente de qualquer coisa. Fora todas as outras manhas sujas de garimpo existentes por aí (vide script). É de se reconhecer, que o Twitter é uma ferramenta fantástica de comunicação. Ali rola muita coisa boa, muita informação de qualidade e muitas oportunidades de se fazer grandes amigos na vida real. E é uma pena que tem sido entendido, interpretado e usado por muitos, inclusive por gente crente, como forma de aparentar ser alguém importante que merece toda atenção do mundo. Seria carência mera coincidência?
Esses dias estava lendo as mentions e várias vezes me deparei com a frase “Me segue aí, que eu te sigo.” E dando uma viajada louca comigo mesmo, imaginei duas situações. A primeira: “e se Jesus desse um reply desses pra mim?” E uma segunda situação: “e se eu desse um reply desses pra Jesus?” Na primeira situação cheguei a seguinte conclusão: eu seria no mínimo um coitado infeliz. Pois se fosse pra depender de eu seguir Jesus, para então, ele vir até mim, eu não estaria aqui. Na segunda situação, fui obrigado a concluir que talvez eu seria o cara mais babaca desse mundo. Jesus não tá no twitter. Mas é sempre bom, ficar ligado pra não se passar por coitado nem por boçal na twitosfera. Siga os seus amigos e siga quem escreve coisa boa. Simples assim. Por mais que um dia você venha a ter trocentos seguidores, você continua sendo o vice treco do subtroço nesse vasto universo, como bem ensina Mário Cortela.
Se você escreve coisa boa, e não fica visivelmente garimpando seguidores, você será bem quisto e consequentemente vai ganhar follows. Agora se fica nessa coisa de “me segue que eu te sigo”, poxa, é pedir pra ganhar unfollow (apesar de que isso infelizmente tem funcionado pra muita gente). Mas a idéia é simples: o twitter é muito mais legal quando é feito de gente que se importa mais com a qualidade do escreve do que com número de seguidores.
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